Rio Grande do Sul

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Enchente atinge aldeia indígena do Passo Grande e comunidade cobra melhor infraestrutura

Famílias Guarani Mbya relatam constantes inundações no território ao lado de arroio, no município de Barra do Ribeiro

Brasil de Fato RS | Porto Alegre |
Pela segunda vez neste mês, esvaziamento às pressas da comunidade voltou a se repetir, na terça-feira (26) - Foto: Arquivo pessoal

Os moradores da Aldeia do Passo Grande foram surpreendidos com um grande volume de água invadindo suas casas. Cerca de 30 pessoas da etnia Guarani Mbya moram na comunidade indígena localizada ao lado do Arroio Passo Grande, na Barra do Ribeiro (RS), e tiveram que ser resgatadas pelos bombeiros. Perderam 40 galinhas, colchões, geladeiras e móveis. O esvaziamento às pressas da comunidade voltou a se repetir nesta terça-feira (26), quando os ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul fizeram com que o arroio transbordasse novamente.

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Ariel Souza Gonçalves (Karaitataendy), 41 anos, é o agente de saúde da aldeia e explica que a região antes era um território apenas de passagem para os guaranis, mas que há dez anos sua família fixou moradia por lá. Desde então, houveram casos de enchentes em 2021 e, agora, em 2023.

 
A comunidade recebeu doações de roupas e mantimentos provisórios, mas o que realmente precisam é de auxílio para melhorar as estruturas das casas para lidar com novos episódios de cheia. “Prioridade é a estrutura. Já que a Funai não vai conseguir outro espaço para aldeia, tem que construir umas cinco ou seis casas com assoalho acima de 1,40m para a gente se proteger da enchente”, afirma Ariel.

Atualmente, somente uma das casas tem uma distância segura do chão, feita com material resistente. Foi nessa casa que Ariel, seu pai e seu filho passaram a noite do dia 17 de setembro, esperando a água baixar e preservando a documentação da aldeia, enquanto os outros habitantes se abrigavam em uma escola da Barra do Ribeiro.

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Segundo Ariel, foi feito contato com a representante da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), responsável pelas comunidades indígenas da região, e foi informado que seriam enviadas lonas para a aldeia. A reportagem também entrou em contato e, até o momento, não obteve resposta de qual auxílio a comunidade vai receber.


Edição: Marcelo Ferreira