Rio Grande do Sul

SAÚDE MENTAL

Porto Alegre terá Campanha Permanente de Fortalecimento da Saúde Mental de Trabalhadoras e Trabalhadores

De autoria da vereadora Biga Pereira (PCdoB), projeto foi votado nesta quarta-feira (13) por unanimidade na Câmara

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"A volta ao trabalho após a pandemia foi marcada por um número expressivo de afastamento de trabalhadores por transtornos mentais e comportamentais", destaca a vereadora - Reprodução/Ministério da Saúde

No mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, o Setembro Amarelo, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade a realização da Campanha Permanente de Fortalecimento da Saúde Mental de Trabalhadoras e Trabalhadores junto aos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests). 
De autoria da vereadora Biga Pereira (PCdoB), o projeto foi votado nesta quarta-feira (13). 

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A campanha se destina a trabalhadores encaminhados pela rede básica de saúde ou por sindicatos, pessoas com trabalhos formais dos setores privado e público, informais, autônomos e desempregados, que estejam acometidos de doenças relacionadas à saúde mental em decorrência da sua atividade laboral.

O texto prevê, ainda, que os Cerests deverão manter canais permanentes de escuta, acolhimento, acompanhamento e orientação aos trabalhadores que sofram com assédio e de discriminação no âmbito institucional, resguardado pelo sigilo profissional, a fim de minimizar riscos psicossociais e promover a saúde mental no trabalho.

Conforme pontua a vereadora, a saúde mental dos trabalhadores é uma área de preocupação crescente em todo o mundo. “O suicídio é uma das consequências mais trágicas e extremas da deterioração da saúde mental, e sua relação com o ambiente de trabalho exige atenção”, ressalta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão e a ansiedade custam à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano, em grande parte devido à perda de produtividade relacionada ao trabalho. Também o assédio e discriminação, que vitimizam principalmente mulheres e pessoas negras, têm um impacto devastador na saúde mental dos trabalhadores.

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De acordo com Biga, a volta ao trabalho após a pandemia foi marcada por um número expressivo de afastamento de trabalhadores por transtornos mentais e comportamentais.

“Em Porto Alegre, as licenças de saúde cresceram cerca de 30%, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, no período de janeiro a abril de 2022, sendo essa porcentagem maior na categoria de profissionais da educação e da saúde”, explica a vereadora. “Levando em conta essa realidade, é urgente uma Campanha Permanente de Fortalecimento da Saúde Mental das Trabalhadoras e dos Trabalhadores”, finaliza.


Edição: Katia Marko