Rio Grande do Sul

Valorização

Diante da catástrofe climática, sindicato de servidores destaca necessidade de um Estado forte 

Entidade de trabalhadores de Nível Superior do RS afirma que Estado mínimo não é caminho para evitar tragédias

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sintergs aponta que o RS "dispõe de profissionais qualificados e comprometidos com as demandas urgentes da sociedade" - Foto: Jorge Leão

Diante da tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul e que vitimou até o momento 47 pessoas, o Sindicato dos Servidores de Nível Superior (Sintergs) emitiu uma nota ressaltando a importância de um Estado Forte e articulado.

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“A extinção e o esvaziamento de importantes órgãos de pesquisa somada à desestruturação dos serviços públicos nas áreas ambientais, saúde, obras e agricultura, são políticas de governo que agravam tragédias como a que ocorreu no Vale do Taquari. Diante deste cenário, o Sintergs vêm a público reiterar que a prática do Estado mínimo não dialoga com o bem-estar social da população”, ressalta a entidade. 

Afirma ainda que serviços públicos de qualidade e bem estruturados são os melhores instrumentos para a prevenção e enfrentamento de tragédias, como já foi visto durante a pandemia.

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“O Poder Executivo do Rio Grande do Sul dispõe de profissionais qualificados e comprometidos com as demandas urgentes da sociedade, mesmo estando há nove anos com os salários congelados (...) A participação e integração das diversas secretarias e órgãos públicos é fundamental. E, para isto, não precisamos de um Estado mínimo, mas de um Estado forte e estruturado, com investimento nos serviços e nos servidores”, afirma. 

Abaixo a nota completa

Estado mínimo não é o caminho para evitar tragédias como a do Vale Taquari

Diante desta triste catástrofe socioambiental que foi a enchente ocorrida na última semana no Vale do Taquari, o Sintergs reitera sua posição em defesa de um Estado forte e articulado, que valorize a vida e os trabalhadores. A enchente histórica atingiu milhares de gaúchos e gaúchas, ceifando dezenas de vidas e trazendo destruição às famílias e suas residências, aos estabelecimentos que garantiam o sustento, à infraestrutura das cidades e comunidades rurais.

A extinção e o esvaziamento de importantes órgãos de pesquisa somada à desestruturação dos serviços públicos nas áreas ambientais, saúde, obras e agricultura, são políticas de governo que agravam tragédias como a que ocorreu no Vale do Taquari. Diante deste cenário, o Sintergs vêm a público reiterar que a prática do Estado mínimo não dialoga com o bem-estar social da população.

Serviços públicos de qualidade e bem estruturados são os melhores instrumentos para a prevenção e enfrentamento de tragédias, como já foi visto durante a pandemia. O Poder Executivo do Rio Grande do Sul dispõe de profissionais qualificados e comprometidos com as demandas urgentes da sociedade, mesmo estando há nove anos com os salários congelados.

O Sintergs reafirma que situações de crise não podem ser resolvidas sem a ação coordenada dos trabalhadores públicos. Na ausência de políticas públicas, os mais vulneráveis sofrem mais. Em paralelo às ações de mitigação dos impactos, o governo do Estado precisa retomar urgentemente as políticas ambientais e de gestão de risco, mapear áreas críticas e focar em ações de prevenção para antecipar eventos.

O sindicato tem promovido ações de solidariedade aos desabrigados bem como acompanhado servidores públicos que estão atuando nos locais de risco. Neste momento em que a sociedade gaúcha se une e se solidariza com a população atingida, o governo estadual deve ser capaz de coordenar ações interinstitucionais para a reconstrução da vida das famílias atingidas. A participação e integração das diversas secretarias e órgãos públicos é fundamental. E, para isto, não precisamos de um Estado mínimo, mas de um Estado forte e estruturado, com investimento nos serviços e nos servidores.


Edição: Marcelo Ferreira