Do total de R$ 1,7 trilhão previstos em investimentos públicos, privados e de estatais no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado pelo governo Lula (PT), está previsto ao Rio Grande do Sul a destinação de R$ 75,6 bilhões. No estado, os valores serão empregados em obras de infraestrutura em transporte, educação, saúde e moradia, dentre outras áreas.
O novo PAC foi lançado na sexta-feira (11), em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula (PT) e ministros. Os principais objetivos do programa são gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais e acelerar o crescimento econômico.
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O governo Lula convidou os governadores dos 27 estados para o evento, mas nem todos participaram. O governador Eduardo Leite (PSDB) foi um dos que não compareceram. Em seu lugar foi a titular da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Danielle Calazans, que afirmou que o governo gaúcho trabalhará de forma conjunta com o governo federal para agilizar as entregas consideradas fundamentais para o RS.
O maior volume dos recursos que chegam ao estado, no valor de R$ 16,2 bilhões, será para investimentos no setor de transportes. Serão realizadas obras como a duplicação da BR-116, entre Porto Alegre e Pelotas; a finalização do trecho sul da duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas; a duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande; a conclusão das obras de acesso à nova Ponte do Guaíba.
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O estado deve receber R$ 15,2 bilhões para as áreas de Educação, Ciência e Tecnologia, com a retomada e conclusão de obras em escolas. Par a Saúde, R$ 1,4 bilhão serão utilizados em obras em hospitais. Outros R$ 400 milhões vão para aplicação em espaços de cultura, esporte e lazer.
Estão previstos ainda R$ 2,5 bilhões para o programa "água para todos", com ampliações de redes de abastecimento de água; R$ 12,3 bilhões para "transição e segurança energética"; e R$ 10,6 bilhões para "inovação para a indústria de defesa".
Conclusão de obras do Minha Casa, Minha Vida
Um dos destaques da terceira edição do PAC é o recurso para obras do Minha Casa, Minha Vida, que em todo o país vai chegar a R$ 316,7 bilhões, até 2026. Deste valor, R$ 2,9 bilhões serão destinados à retomada e ao término de quase 183 mil obras em todas as regiões brasileiras.
Para o Rio Grande do Sul, está revisto um aporte de R$ 14,3 milhões para "cidades sustentáveis e resilientes". O recurso prevê a conclusão das obras de mais de 6 mil moradias inacabadas do Minha Casa, Minha Vida no estado.
Concentram o maior número de projetos beneficiados, que estão com as obras paradas, as cidades de Rio Grande, com 1.436 moradias a serem finalizadas; Porto Alegre, com 1.377 moradias; Viamão, com 848; Uruguaiana, com 444; e Sapucaia do Sul, com 379. Ao todo, 70 cidades gaúchas estão no relatório do governo federal.
Investimentos do Novo PAC por estados
Rio de Janeiro - R$ 342,6 bilhões
São Paulo - R$ 179,6 bilhões
Minas Gerais - R$ 171,9 bilhões
Sergipe - R$ 136,6 bilhões
Bahia - R$ 119,4 bilhões
Paraná - R$ 107,2 bilhões
Goiás - R$ 98,5 bilhões
Maranhão - R$ 93,9 bilhões
Pernambuco - R$ 91,9 bilhões
Rio Grande do Sul - R$ 75,6 bilhões
Pará - R$ 75,2 bilhões
Ceará - R$ 73,2 bilhões
Espírito Santo - R$ 65,9 bilhões
Mato Grosso - R$ 60,6 bilhões
Tocantins - R$ 57,9 bilhões
Piauí - R$ 56,5 bilhões
Santa Catarina - R$ 48,3 bilhões
Distrito Federal - R$ 47,8 bilhões
Amazonas - R$ 47,2 bilhões
Alagoas - R$ 47 bilhões
Rio Grande do Norte - R$ 45,1 bilhões
Mato Grosso do Sul - R$ 44,7 bilhões
Paraíba - R$ 36,8 bilhões
Rondônia - R$ 29,6 bilhões
Amapá - R$ 28,6 bilhões
Roraima - R$ 28,6 bilhões
Acre - R$ 26,6 bilhões
Edição: Marcelo Ferreira