Sendo realizado no icônico Instituto Cajamar, escola de formação sindical fundada em 1986 por organizações da classe trabalhadora, o XIX Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP) teve abertura nesta sexta-feira (3) com a Eleição da Diretoria Colegiada da FUP e Conselho Fiscal para o período 2023-2026.
Os sindicatos filiados à FUP inscreveram um total de 259 delegados e delegadas. Destes, 104 estavam presentes no local do evento e o restante participava virtualmente, com os mesmos direitos garantidos. A nova diretoria colegiada da FUP, que conduzirá as lutas da categoria pelos próximos três anos, reelegeu o coordenador Deyvid Bacelar, enaltecendo a importância do papel exercido pelo dirigente petroleiro durante o período mais duro do governo de extrema direita encerrado após as eleições de 2022.
A chapa unitária foi eleita por unanimidade é composta por todas as correntes políticas que integram a federação: Articulação Sindical (ARTSIND), CUT Socialista e Democrática (CSD), Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Resistência Petroleira.
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A Diretoria conta ainda com: Secretaria de Administração e Finanças, Sérgio Borges e Cibele Vieira; Jurídico e Institucional, Tezeu Bezerra e Juliano Deptula; Seguridade e Aposentados, Paulo César e Antônio Alves; Comunicação e imprensa, Paulo Neves e Patrícia de Jesus; Formação Política e Sindical, Elizabete Sacramento e João Henrique; Segurança, Meio Ambiente e Saúde, Míriam Cabreira e João Felchak; Setor Privado, Pedro Lúcio e Diego Liberalino.
Como suplentes foram apontados os nomes de David Leal, Alex Guilherme, Bárbara Bezerra, Raimundo Teles, Artur Ragusa, Albérico Filho, Cláudio Nunes, Acácio Carneiro, Ademir Silva, Reinaldo Oliveira, Nalva Faleiro, Pedro Augusto, Felipe Paiva, Rogério Almeida, Nísio Hoffman. Já no Conselho fiscal, entraram como membros titulares, Soedna Alves, Joacir Pedro e Cristiane Fogaça. Como suplentes do Conselho Fiscal, ficaram Francisco Ramon, Deborah Simões e Adson Matos.
Bacelar, em seu pronunciamento, logo após a confirmação da aprovação da chapa, ressaltou que o processo é fruto de 4 categorias petroleiras, garantindo a unidade. Enalteceu ainda, além da representação das diversas forças sindicais que compõem o movimento petroleiro, a importância de ter se fortalecido as questões de gênero e diversidade na proposição dos cargos e na condução das tarefas.
"Estamos unidos e unidas em uma única entidade, tivemos um processo de separação um tempo atrás, mas hoje temos motivos de sobra para ter uma única Federação dos petroleiros e petroleiras", apontou. Para Bacelar, é imprescindível que todos possam caminhar para unir a categoria de verdade, em uma única entidade: "Esperamos ter sobriedade e capacidade de dialogar, de ter divergência, ter a tese e a antítese para construir a síntese, para chegar em 2026 e eleger uma única entidade, nacional, de todos os petroleiros e petroleiras".
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Após ouvir palavras de ordem de todos os presentes (e também dos muitos e muitas que participavam online), com especial destaque para o mote "defender a Petrobrás é defender o Brasil", o coordenador reeleito agradeceu e comprometeu-se: "Muito obrigado pela confiança e pela capacidade de dialogar e construir essa chapa unitária, que vai conduzir a categoria, dialogando com os outros sindicatos, para que tenhamos melhorias, retomadas dos direitos, retomada dos ativos que foram privatizados em governos anteriores". Lembrando o slogan do governo Federal - União e Reconstrução - fez questão de afirmar que "a luta continua".
O evento, que tem como tema “Energia para renovar o Brasil”, é realizado no Instituto Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. O congresso ocorre em um momento significativo para a categoria petroleira e a classe trabalhadora de forma geral, com o restabelecimento de um governo democrático e o início da retomada de direitos e conquistas sociais que foram violentamente atacados e desmontados pela ultra direita.
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Edição: Katia Marko