Rio Grande do Sul

SINDICALISMO

Com mais de 400 delegados e delegadas, congresso da CUT/RS quer apontar novos rumos para a ação sindical

O encontro também comemora os 40 anos da CUT, fundada em 28 de agosto de 1983, ainda sob a ditadura militar

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Nos últimos quatro anos, apesar da pandemia, mais de 30 sindicatos se filiaram ou se refiliaram à CUT, como o CPERS Sindicato e o Sintrajufe-RS, entre outros - Divulgação CUT-RS

Com mais de 400 delegados e delegadas inscritas, será aberto na próxima sexta-feira (4) o 16º Congresso Estadual da CUT Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS) que traz como lema “Luta, Direitos e Democracia que transformam vidas”. O encontro também comemora os 40 anos da CUT, fundada em 28 de agosto de 1983, ainda sob a ditadura militar.

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Nos últimos quatro anos, apesar da pandemia, mais de 30 sindicatos se filiaram ou se refiliaram à CUT, como o CPERS Sindicato e o Sintrajufe-RS, entre outros. Para o presidente da central no estado, Amarildo Cenci, o evento será “o momento de consolidação desse expressivo crescimento que tivemos”.

Plano de lutas

Sua expectativa é que o debate ajude a CUT/RS na sua atuação “nos locais de trabalho, nos territórios, nos espaços sociais em que participamos e como nós podemos ser protagonistas". Para a secretária-geral, Vitalina Gonçalves, “o congresso é um momento de reconstrução do Brasil, uma reconstrução com as duas mãos da classe trabalhadora”.

Durante os dois dias do evento, haverá mesas de debates com exposições de especialistas, balanço da atuação da CUT, aprovação de resoluções de estratégias da CUT e prioridades para o próximo período. Também será aprovado um plano de lutas.

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Nova direção

Painéis tratarão de temas como “Crise do capitalismo e rumo a uma nova ordem mundial”, com apresentação do professor Paulo Visentini, titular da cadeira de Relações Internacionais na Ufrgs. Outra mesa abordará “A estratégia cutista para reconstrução do Brasil e o enfrentamento ao governo Eduardo Leite”, com participação do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e de Mari Perusso, coordenadora da bancada do PT na Assembleia Legislativa/RS. Uma terceira exposição versará sobre “Autonomia do Banco Central e a sua política de juros altos”, a cargo de Victor Pagani, supervisor técnico do Dieese, em São Paulo.

O congresso terminará às 16 horas de sábado com a escolha da nova direção que conduzirá a central no período 2023-2027.


Edição: Katia Marko