A CUT-RS, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos comprometidos com a luta contra os juros altos promovem nesta terça-feira (1º), às 11h, um novo ato pela queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano, a mais alta do mundo.
A manifestação, que integra a Campanha Nacional pela Redução dos Juros, será realizada em frente à sede do Banco Central, na Rua 7 de Setembro, 586, no Centro Histórico de Porto Alegre. Primeiro ato aconteceu no último dia 20 de julho
O protesto também exigirá a saída imediata do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) e com mandato até 31 de dezembro de 2024. O ato ocorrerá no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária do BC, que anunciará no dia seguinte a taxa de juros para o próximo período.
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, é hora de reconstruir o país ouvindo a voz dos trabalhadores e das trabalhadoras. “É imprescindível baixar os juros em defesa do Brasil, a fim de aquecer a economia e melhorar a vida da classe trabalhadora”, afirma o dirigente reiterando a necessidade da saída de Campos Neto. “O BC não pode ser independente das políticas do governo eleito pelo voto e ficar sob controle do sistema financeiro, que é quem enriquece ainda mais com os juros altos”, ressalta. Na avaliação de Cenci, a chamada autonomia e independência do BC coloca em risco o projeto nacional de nação.
Após o ato, os dirigentes sindicais se deslocarão até o plenarinho da Assembleia Legislativa, onde será realizada ao meio-dia uma plenária unificada, organizada por sindicatos e as bancadas do PT, PSOL e PCdoB, em defesa da Corsan pública.
“Vamos reforçar a luta contra a privatização e pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escandaloso e sigiloso processo de venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan)”, destaca Cenci.
Para a instalação de uma CPI são necessárias 19 assinaturas de deputados e deputadas. Até agora somente aderiram os deputadas e as deputadas do PT, PSOL e PCdoB.
* Com informações da CUT-RS
Edição: Katia Marko