O ator e diretor gaúcho Sérgio Etchichury morreu nesta quinta-feira em Berlim por volta das 13h (8h pelo horário de Brasília). O artista passou mal e chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.
A causa da morte foi dissecção de aorta, que é uma lesão na parede interna dessa artéria do coração. Serginho, como era chamado pelos amigos, morava na Alemanha desde 2009, onde desenvolvia um trabalho voltado ao engajamento social, abordando questões como imigração, racismo e diversidade de gênero.
Na quarta-feira à noite, ele ainda participou do ensaio de Einreisepass für Kunst (Um Passaporte para a Arte), que estava dirigindo. A produção reúne onze artistas imigrantes de diversos estados do Brasil e que vivem na Alemanha. A montagem aborda a imigração a partir de uma perspectiva queer. Em junho deste ano, também codirigiu com Mirah Laline a peça infantil Die magische Schatzsuche (A Mágica Caça ao Tesouro), um projeto com crianças refugiadas.
No Brasil, Sérgio Etchichury atuou em diversos grupos teatrais gaúchos, como Terreira da Tribo, Cia. Stravaganza, Cia. Rústica e Depósito de Teatro. Em 1998, conquistou o Prêmio Açorianos de melhor ator por Boca de Ouro, montagem para o texto de Nelson Rodrigues dirigida por Roberto Oliveira.
O ator tinha 62 anos e deixa o marido, Loivo de Castro, e muitos amigos no Brasil e na Alemanha. O corpo será velado e cremado em Berlim. Uma homenagem a Serginho será realizada na Zona Cultural (Av. Alberto Bins, 900 — Centro Histórico de Porto Alegre) no dia 30 de julho, às 17h30min.
Edição: Katia Marko