A reivindicação por investimentos do governo do estado em obras na infraestrutura de escolas e contratação de professores para a rede pública foi o tema central das mobilizações realizadas na manhã desta terça-feira (18), em Porto Alegre. O chamado “Dia do Sem”, organizado pelo 39º núcleo do Cpers Sindicato, teve a finalidade de concentrar as principais necessidades da rede de ensino que trazem prejuízos para o aprendizado e para a comunidade escolar como um todo. O ato foi uma determinação da Assembleia Geral do Cpers, efetuada na última sexta-feira (14).
Uma das manifestações foi realizada em frente ao Colégio Inácio Montanha, no bairro Santana. Além da falta de professores, a instituição de ensino sofre com uma série de transtornos para as aulas diariamente. De acordo com o vice-diretor do turno da manhã, Luis Antonio Pasinato, faz mais de dez anos que a instituição encaminhou a solicitação para substituição da rede de energia instalada no local, mas até hoje nenhuma resposta foi dada.
“Desde 2012 temos um processo aberto na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e até o momento não foi liberada a verba para fazer a estação. A nossa rede é antiga e não conseguimos utilizar os equipamentos de ar-condicionado e outros que temos nas salas porque a energia apresenta queda”, explica.
Ainda de acordo com o vice-diretor, outra demanda indispensável de ser atendida o mais rápido possível são obras no telhado da escola. A existência de fissuras gera goteiras nos corredores e salas de aula, o que perturba a realização das aulas.
Segundo a dirigente do 39° Núcleo do Cpers, Neiva Lazzarotto, a situação do Colégio Inácio Montanha é apenas um retrato dos graves problemas pelos quais professores e alunos estão submetidos diariamente na educação gaúcha.
A dirigente sindical explica que são dezenas de escolas de todas as regiões da Capital que encaminharam reclamações sobre a falta de professores em disciplinas como História, Geografia, Português, Inglês, Educação Física, Matemática e Ciência e anos iniciais do Ensino Fundamental.
“São dezenas de relatos que chegam sobre a carência de professores nas escolas. Muitas delas, devido ao Novo Ensino Médio que é tão nefasto para todo o país. Como se não fosse um matriz curricular danosa o suficiente, ainda temos que vivenciar a falta de docentes para disciplinas fundamentais. Isso só mostra a real intenção do governo do estado em promover um desmonte da educação pública”, argumenta Neiva.
Edição: Marcelo Ferreira