Com o objetivo de reivindicar o pagamento do piso da enfermagem, cerca de mil profissionais da categoria realizaram mobilizações ao longo desta sexta-feira (30), em Porto Alegre e outras cidades gaúchas. O movimento liderado pelo Sindisaúde-RS busca pressionar pelo cumprimento da regra que garante o piso salarial para enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras.
Na parte da manhã, a mobilização organizou piquetes em nove hospitais: Mãe de Deus, Santa Casa, Vila Nova, Ernesto Dornelles e PUC em Porto Alegre, e nos muncípios de Osório, Tramandaí, Torres e Canoas. Na Capital, posteriormente, após uma concentração na sede do Sindisaúde-RS, os trabalhadores saíram em marcha rumo até a cerimônia de inauguração das novas instalações do Hospital de Clínicas.
No evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os servidores reafirmaram a urgência de um posicionamento do governo federal para distribuir os recursos necessários para o pagamento do piso. Além disso, também cobraram uma articulação do governo com o Supremo Tribunal Federal (STF), para assegurar o cumprimento da medida – que é estabelecida por Emenda Constitucional aprovada em dezembro do ano passado. O prazo para votação dos ministros do STF sobre a fixação do piso salarial da enfermagem se encerra às 23h59.
Conforme a nova legislação, o piso nacional é de R$ 4.750 para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. O novo patamar vale tanto para instituições públicas como privadas. A diretora do Sindisaúde, Lucia Rita Mendonça, destaca a importância de união dos trabalhadores em torno da necessária valorização profissional.
“Esse é um momento no qual vemos a união não somente dos profissionais de saúde que lutam por seus direitos, mas de todos aqueles que desejam justiça social. Estamos mostrando a nossa força de mobilização com esse movimento nacional junto com os demais servidores”, afirma a dirigente.
O Sindisaúde representa cerca de 80 mil trabalhadores no Rio Grande do Sul, em uma base territorial que contempla as empresas e estabelecimentos de saúde de Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Paranhana, Litoral Norte e parte da Região Sul. A greve dos profissionais de saúde no Rio Grande do Sul também conta com o apoio de entidades que representam servidores de outras categorias, como a Intersindical e 39º núcleo do Cpers.
Edição: Marcelo Ferreira