Rio Grande do Sul

Memória e Cultura

Caminhada cultural em defesa da casa onde viveu Dyonélio Machado ocorre neste sábado (20)

Ação no bairro Petrópolis de Porto Alegre revisita a memória de escritores modernistas que ali viveram

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Casa onde viveu o escritor Dyonélio Machado, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, corre o risco de ser demolida - Reprodução

Uma caminhada cultural irá percorrer as ruas do bairro Petrópolis, em Porto Alegre, para reviver a memória de grandes escritores gaúchos do período do modernismo (década de 1930) que ali viveram. Em especial, a caminhada viva alertar para o perigo de demolição da casa onde viveu Dyonélio Machado. Além deste, foram contemporâneos e vizinhos no bairro Érico Veríssimo e Cyro Martins.

A ação acontece nesse sábado (20), tendo como ponto de encontro a Praça Plácido Toniolo (avenida Protásio Alves, 2180, esquina com a avenida Taquara), às 15h. Aqueles que já conhecem o bairro podem encontrar os demais participantes da caminhada às 15h30, na Praça Mafalda Veríssimo (Rua Felipe de Oliveira esquina com Rua Borges do Canto).

Sobre o imóvel que corre risco

A residência em questão foi construída para o escritor Dyonélio Tubino Machado, localizada na Rua General Souza Doca. A casa encontra-se desabitada e ficou de fora do inventário de casas do bairro, realizado pela prefeitura.

O inventário de imóveis é um instrumento de preservação do patrimônio cultural do município. Através dele são protegidos imóveis de valor histórico, arquitetônico, urbanístico, ambiental, simbólico e de valor afetivo para a população, entre outros. Dessa forma, a casa onde viveu Machado pode ser demolida a qualquer momento.

O escritor terminou de construir o imóvel em 1942, mesmo ano do lançamento da obra "O louco do Cati". Ou seja, tanto a obra quanto o livro estão completando 80 anos em 2022.


Projeto original da construção da casa de Dyonélio Machado, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre / Reprodução


Edição: Marcelo Ferreira