Rio Grande do Sul

Desenvolvimento

Pólo de Inovação Energética e Ambiental do Pampa Gaúcho será debatido em Bagé, nesta sexta (28)

Debates regionais vêm sendo realizados e seminário na Unipampa deve deflagrar ações concretas do projeto

Brasil de Fato | Bagé (RS) |
Evento será realizado no auditório da Unipampa - Divulgação

O auditório da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus Bagé, será sede na manhã desta sexta-feira (28) de um seminário regional do projeto de criação de um Pólo de Inovação Energética e Ambiental do Pampa Gaúcho. O objetivo principal do encontro, organizado por um grupo intersetorial que envolve a própria universidade, o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ), o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja) e o Sindicato dos Mineiros de Candiota, é a viabilização de um projeto holístico voltado ao uso sustentável do carvão mineral associado ao conjunto de outras matrizes econômicas e sociais da região do Pampa.

A atividade será realizada entre as 9h e 13h, com participação livre para a comunidade regional. Empresas, universidades, órgãos de pesquisa científica e tecnológica, pesquisadores, organizações e movimentos de matriz social e popular, representações de poderes públicos em nível local, regional, estadual e federal já confirmaram presença. Interessados podem efetivar sua inscrição sem custos através do link https://forms.gle/Eza24R3zLvVPRm6T7.

O diretor do ICPJ, Frei Sérgio Görgen, destaca que todos os esforços estão sendo somados com o objetivo comum de evitar uma ruptura da matriz econômica regional que está amplamente baseada na exploração do carvão mineral como combustível da geração de energia através das usinas termelétricas instaladas em Candiota. "É uma proposta inicial para um projeto de desenvolvimento econômico, social e ambiental no Pampa gaúcho", afirma.

Görgen explica que o projeto tem três premissas fundantes: respeitar e potencializar as características ecológicas do Bioma Pampa; fazer uso sustentável do carvão mineral como matéria-prima industrial e alavanca econômica do projeto, através de processos de gaseificação, superando a fase da queima direta para produção de energia; realizar a transição energética justa e inclusiva para evitar impactos duros no emprego, na arrecadação e nas atividades econômicas no caso de substituição brusca da atual matriz energética e aproveitamento do carvão como matéria-prima calórica para outras mais eficientes e sustentáveis.

O dirigente aponta ainda que esta "é uma proposta de cunho estratégico, holístico, não imediatista, ampla, envolvendo ações de curto, médio e longo prazo". No material de divulgação do seminário consta a afirmativa de que, se consensuada, consolidada e posta em movimento e execução, a implantação do Pólo de Inovação Energética e Ambiental do Pampa Gaúcho terá impactos regionais de amplo espectro na geração de emprego e renda, na industrialização, na atração de investimentos, na diversificação da matriz produtiva e na sustentabilidade ambiental da região, inclusive evitando a dependência de poucos monocultivos.

O Brasil de Fato vai acompanhar a realização do Seminário, em Bagé.


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Edição: Marcelo Ferreira