O governo federal nomeou Nelson José Grasselli como o novo superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do RS. Grasselli foi quatro vezes prefeito da cidade de Pontão e assentado da reforma agrária, sendo natural do município em que está localizada a Fazenda Annoni, primeira grande ocupação que daria origem ao MST.
A nomeação de um superintendente definitivo para o órgão era uma das reivindicações das famílias do MST no RS. Até então, o órgão era comandado por um interino, Vitor Py Machado. Devido a demora na nomeação, integrantes do movimento estavam em vigília no pátio do Instituto, desde a segunda-feira (17).
A demora em nomear um comandante da pasta era vista como um entrave para que os assentados da reforma agrária e sem terra pudessem encaminhar devidamente as reivindicações. Segundo João Onofre, dirigente estadual do MST RS, a pauta da reforma agrária no estado não teria condições de avançar sem a nomeação definitiva da superintendência.
O movimento solicita, por exemplo, um cronograma de assentamentos emergenciais de famílias que estão acampadas há mais de 10 anos. Atualmente cerca de 100 famílias estão na espera para assentar no RS.
“Queremos que as nossas famílias acampadas sejam reconhecidas como público de reforma agrária, e que a partir disso ocorra o cadastramento delas para que possam acessar políticas públicas voltadas à reforma agrária, como cestas básicas, lona, direito e acesso a terra”, destacou Aida Teixeira, da Frente de Massa do MST/RS.
A assessoria de imprensa do MST/RS destaca que está pré-agendada uma reunião com o superintendente Grasselli, que deve acontecer no dia 2 de maio. No entanto, a expectativa dos camponeses é o atendimento das demandas o mais rápido possível, para dar os devidos encaminhamentos à pauta.
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::
Edição: Katia Marko