Metalúrgico de uma longa e reconhecida trajetória no movimento sindical, Claudir Nespolo é o novo superintendente regional do Trabalho no Rio Grande do Sul. A nomeação, assinada pelo ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, consta em portaria publicada no dia 17 de março no Diário Oficial da União.
Claudir vinha atuando como secretário de Organização e Política Sindical da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS). Já foi diretor e presidente da CUT-RS e também diretor e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, além de diretor e presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT).
Conforme aponta a central, dezenas de sindicatos e federações de trabalhadores indicaram seu nome ao ministro para exercer o cargo. O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, saudou a escolha para “reconstruir a Superintendência Regional do Trabalho no RS, combater as injustiças e atuar para erradicar o trabalho escravo, valorizar as negociações coletivas e garantir o respeito aos direitos humanos e trabalhistas, na defesa do trabalho digno e decente”.
"Garantir trabalho digno e decente para todos”
O novo superintendente regional disse que ocupar o posto “representa somar no esforço extraordinário de recuperação e transformação do Brasil a partir das relações de trabalho”. Ele começou esta segunda-feira (20) integrando a comitiva do ministro Luiz Marinho, em Bento Gonçalves, no combate ao trabalho análogo ao escravo.
“Não é possível esses retrocessos autorizados no último período permanecerem como normas, como algo normal. Pelo contrário, foi uma exceção que deverá ser extinta com diálogo, penalizações e orientações para que nunca mais aconteçam esses episódios, e o Rio Grande do Sul e o Brasil caminhem rumo a um ambiente de trabalho decente e digno que merece cada trabalhador e trabalhadora para ganhar o seu pão de cada dia”, frisou Claudir.
Ele promete muito empenho na nova atribuição. “Diuturnamente trabalharemos pactuando com agentes do Estado, como o Ministério Público, as áreas de saúde, educação e Sistema ‘S’. Queremos que avancem as contratações coletivas, de modo a garantir trabalho digno e decente para todos.”
Segundo Claudir, “não é possível ter um auditor-fiscal em cada empresa ou um policial atrás de cada empresário, mas é possível pactuar metas e normas e quem sair fora será penalizado como deve ser”.
O novo superintendente defende “a construção coletiva dos processos e a mão firme do Estado para aqueles que insistirem na agenda do trabalho sem dignidade”.
* Com informações da CUT-RS
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Edição: Marcelo Ferreira