Uma reunião entre representantes da Oposição e a presidência da Câmara de Vereadores de Porto Alegre debateu os atos terroristas ocorridos em Brasília no último domingo (8).
O presidente da Casa, Hamilton Sossmeier (PTB), recebeu a comitiva formada pela deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e os vereadores Karen Santos (PSOL) e Roberto Robaina (PSOL). A reunião foi solicitada pelos parlamentares de oposição, que pediram "forte atuação do Legislativo no combate a atos antidemocráticos".
Na oportunidade, Robaina enfatizou a importância do Legislativo apurar a participação ou o apoio de vereadores e vereadoras a atos antidemocráticos e de ataques a instituições.
"Essa reunião, junto ao presidente, é um reforço ao pedido de que a Câmara se mantenha vigilante, e se identificada a clara participação de parlamentares, que os mesmos sejam punidos conforme o regimento", afirmou.
Segunda informa a comunicação da Câmara, Sossmeier reforçou a intenção do Parlamento municipal em atuar na defesa da ordem e do respeito à Constituição. Afirmou que o Legislativo da Capital repudia qualquer ação de violência, destruição do patrimônio público e desrespeito à ordem legal.
"Esta Casa que representa a população de Porto Alegre em sua totalidade defenderá o fortalecimento da democracia e o bem estar social, e estará atenta nesse sentido", defendeu o presidente.
Investigações correm em paralelo
O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal para receber informações sobre os bolsonaristas que atacaram os prédios públicos em Brasília.
Para enviar dados e detalhes a respeito dos participantes dos atentados deve-se usar o endereço [email protected]. O Ministério ressalta: "Qualquer informação ou pista é bem-vinda". Todas as denúncias são anônimas e a identidade dos denunciantes será preservada.
Em contato telefônico realizado com a reportagem do Brasil de Fato RS, o vereador Leonel Radde reforçou que qualquer informação que ajude a identificar os financiadores das caravanas que rumaram do estado até Brasília podem ser enviadas através Whatsapp (51) 996760718, o sigilo da denúncia é garantido.
Radde lembra que as denúncias recebidas pela rede de informação estão sendo encaminhadas ao Ministério Público Federal da 1° Região (MPF-1), que está responsável pela centralização da investigação.
Por sua vez, o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, afirmou que já existe a identificação de pessoas que participaram da organização e do apoio logístico, explicando que o governo estadual tem atuado em conjunto com as autoridades da intervenção federal no Distrito Federal e órgãos de segurança pública para identificar gaúchos presos na Capital, de modo a relacioná-los com as investigações em curso no RS.
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Edição: Katia Marko