Mais de 60 entidades da sociedade civil, entre associações acadêmicas, profissionais, pesquisadores e ativistas assinam manifesto contra a possibilidade de entrega do Ministério das Comunicações ao União Brasil. O grupo defende que o novo governo reconheça o caráter estratégico da área das comunicações e indique para a pasta do setor quadro comprometido com uma agenda democrática.
"Saímos de mais uma eleição em que ficou nítida a influência da mídia e das plataformas digitais no debate público. A partir desses espaços, o bolsonarismo foi urdido, alcançou a Presidência da República e criou um sistema político e cultural que, à base de muita desinformação, segue ameaçando a democracia. Para mudar esse cenário, é preciso encarar as comunicações como estratégicas, não como moeda de troca política", diz o texto.
A carta indica que a possibilidade do nome do deputado Paulo Teixeira (PT/SP) foi recebida com alegria. "Se queremos enfrentar o fascismo, não podemos abrir mão da disputa da comunicação. E isso significa manter o Ministério das Comunicações no campo progressista", conclui o manifesto.
Entre as entidades da sociedade civil estão o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD) e movimentos sindicais (Central Única dos Trabalhadores), do campo (Movimento de Mulheres Camponesas), e LGBTQIA+ (ABGLT), entre outros.
Entre as associações acadêmicas estão as principais da área das comunicações: Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós).
Além das entidades, o texto já foi endossado por quase 200 profissionais, pesquisadores e ativistas das comunicações e de outras áreas. A carta completa e seus signatários podem ser conferidos aqui.
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Edição: Marcelo Ferreira