O Coletivo Mães da Periferia, juntamente com a Rede Nacional de Mulheres Negras em combate à violência, construiu o primeiro encontro de Mulheres Afro-indígena, na Retomada Gãh Ré, Morro Santana, Porto Alegre, neste final de semana. Estiveram reunidas no território ancestral Kaingang mulheres negras, de religião de matriz africana, moradoras de São Paulo, Carazinho e Porto Alegre, todas unidas a Iracema Gah Té, conselheira indígena, liderança da retomada.
A atividade contou com roda de conversa, lanche coletivo, defumação e banho de ervas. As participantes descreveram a atividade como um encontro de muita emoção e fortalecimento feminino.
“A intenção de propor está atividade foi trazer para a retomada, este solo sagrado, os pontos onde as mulheres negras e indígenas se encontram, pois são povos silenciados que não conseguem ter acesso às políticas públicas. As balas perdidas sempre se acham nos corpos dos(as) nossos filhos(as), são eles(as) que são assassinados(as) nas ruas, mercados, shoppings. São pessoas que já nascem marginalizadas e não podem usufruir de área de lazer, educação, vivem com a precária saúde”, afirma a atual coordenadora do Coletivo Mães da Periferia, técnica em Enfermagem, universitária e mãe, Letícia Nascimento. Segundo ela, o encontro serviu como um espaço para fortalecimento, além de troca de experiências.
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Edição: Katia Marko