O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e a Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio da equipe de vigilância genômica, detectaram, na sexta-feira (4), a circulação da variante BQ.1 da covid-19 no Rio Grande do Sul. A amostra foi coletada em 26 de outubro, em paciente residente na região metropolitana de Porto Alegre, internado na capital para tratamento de uma síndrome respiratória aguda grave.
Segundo a SES, para melhor compreender a dinâmica de transmissão dessa variante na região, a vigilância genômica das variantes em circulação está sendo intensificada. Sublinhagem da variante ômicron, a BQ.1 tem mostrado uma elevada capacidade de transmissão comparada às outras sublinhagens do coronavírus circulando atualmente no Brasil. Tem sido relacionada a novas ondas de casos de covid-19 em diversos países da Europa e América do Norte.
"Para não dar chance ao vírus, vamos cuidar da nossa saúde e dos outros. A covid-19 ainda não acabou. A diminuição de casos graves e hospitalizações que observamos nos últimos meses é o reflexo direto da vacinação da maior parte da população”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann. Ela reforça que a diminuição do número de pessoas com as doses de reforço em dia pode levar ao aumento de casos graves”. São mais de 3 milhões de pessoas com a dose de reforço em atraso", complementa.
O coordenador da Vigilância Genômica no Cevs, Richard Steiner Salvato, explica que a variante BQ.1 tem apresentado uma capacidade de transmissão que preocupa as autoridades de saúde de diferentes países. “A principal preocupação é em relação àquela parcela da população que está em atraso ou não fez as doses de reforço da vacina contra covid-19, pois esses indivíduos estão mais suscetíveis a contrair a doença, mas também terem uma apresentação mais grave da doença quando não têm a imunização adequada", reforça.
Hora de redobrar cuidados
Diante da detecção da nova variante BQ.1 e da possibilidade da sua disseminação no Rio Grande do Sul, gerando o aumento de novos casos da covid-19, a SES faz as seguintes recomendações:
• Atualização do status vacinal da população não vacinada ou com esquema vacinal incompleto para sua faixa etária;
• Utilização de máscara:
- Indivíduos imunocomprometidos, idosos e com comorbidades, em locais fechados ou pouco ventilados com grande concentração de pessoas, por serem mais suscetíveis a desenvolver casos graves quando infectados por coronavírus;
- Indivíduos sintomáticos respiratórios para evitar a transmissão do quadro clínico;
- Contactantes domiciliares assintomáticos de casos confirmados de covid-19;
- Indivíduos, principalmente aqueles com maior vulnerabilidade, que apresentarem sintomas compatíveis com síndrome gripal deverão procurar assistência médica para confirmação diagnóstica e monitoramento;
• Pessoas confirmadas com covid-19 devem se manter afastadas por um período máximo de sete dias; se feito novamente exame no quinto dia e o resultado for negativo, podem retornar ao convívio;
• Intensificar a testagem, por meio do teste rápido de antígeno, dos casos suspeitos de covid-19
*Com informações do governo do RS
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Edição: Marcelo Ferreira