A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente da República pela terceira vez com mais de 60 milhões de votos, levou milhares de pessoas às ruas da Cidade Baixa, no início da noite deste domingo (30), em Porto Alegre. Mesmo com a chegada de uma chuva forte, o clima de carnaval seguiu com a multidão festejando e cantando músicas da campanha de Lula e Alckmin.
Quando a vitória do ex-presidente foi dada como certa, mais pessoas se dirigiram para os arredores do comitê de campanha localizado no bairro boêmio da capital gaúcha. O Partido dos Trabalhadores estima que mais de 50 mil pessoas participaram da festa da vitória.
Houve muita festa, gritos e pipocar de foguetes. Um sinalizador da Marinha foi aceso quando Lula ultrapassou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na apuração e iluminou a multidão por alguns minutos. "Fora Bolsonaro! Fora Bolsonaro", era o grito que ecoava no meio do povo.
No comitê, onde estava instalado um telão que acompanhou a apuração, lideranças políticas e populares celebravam. Ex-candidato a governador pelo PT, o deputado estadual Edegar Pretto discursou festejando a vitória de Lula. Ele aproveitou para parabenizar o governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB). “Que ele não se esqueça que quem deu a vitória para ele foi esse campo político”, disse, referindo-se ao apoio de setores da esquerda e o "voto crítico" indicado pelo PT.
O ex-candidato a vice-governador na chapa de Edegar Pretto, vereador Pedro Ruas (PSOL), destacou que "estamos voltando à democracia, onde a cultura será respeitada, não tendo discriminação. A Amazônia será preservada e não ficará nas mãos dos interesses dos milionários, dos grileiros e dos desmatadores".
Segundo o ex-governador Olívio Dutra (PT), "essa foi a eleição mais importante do país no período republicano, porque estava em jogo a ideia de um Estado Democrático de Direito contra um Estado de propriedade particular de um presidente e de seus familiares".
Além do PT, a festa reuniu também dirigentes, parlamentares e simpatizantes do PSOL, PV e PCdoB, centrais sindicais e movimentos sociais, e se espraiou para outras avenidas, como a Venâncio Aires e a João Pessoa, e se estendeu para vários bairros da capital gaúcha.
* Com informações da CUT-RS
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Edição: Marcelo Ferreira