Rio Grande do Sul

EXTREMISMO

Vereadores denunciam ao MP uso de símbolo supremacista em Porto Alegre

Bandeira de Gadsden teria sido colocada na fachada de um prédio na Avenida João Wallig, no bairro Passo da Areia

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"É inadmissível que se permita a ascensão de símbolos tão carregados de ódio e antidemocráticos", afirmam parlamentares - Foto: Divulgação

Os covereadores porto-alegrenses do Movimento Coletivo (PCdoB), Airton Silva, Fabíola Loguercio, Giovani Culau e Tássia Amorim, protocolaram no Ministério Público Estadual, nesta quinta-feira (27), denúncia e solicitação de retirada de uma bandeira de Gadsden afixada em um prédio na capital gaúcha ao lado de uma bandeira do Brasil.

A denúncia de que o objeto estava estendido na fachada de um prédio na Avenida João Wallig, no bairro Passo da Areia,  veio à tona na quarta-feira (26), através das redes sociais da vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB). Os parlamentares do Movimento Coletivo sustentam que a bandeira fomenta o discurso de ódio e os ataques ao Estado democrático e pedem investigação da possibilidade de existência de grupos extremistas e/ou supremacistas. 

A publicação da vereadora traz uma foto do deputado estadual reeleito Rodrigo Lorenzoni (PL), filho do candidato ao governo do RS, Onyx Lorenzoni (PL), usando um boné com o símbolo durante uma manifestação bolsonarista.

Com fundo amarelo e uma cascavel pronta para dar o bote, a bandeira de Gadsden  traz a frase “don’t tread on me” (“não pise em mim”, em inglês).  Foi criada em 1775 durante a Revolução Americana, pelo general e político estadunidense Christopher Gadsden. Associada ao individualismo e à liberdade, inicialmente se tornou um símbolo do libertarismo e liberalismo clássico. Depois foi apropriada pela extrema-direita dos Estados Unidos ligada ao neonazismo e usada por grupos extremistas como a própria Ku Klux Klan e, recentemente, por apoiadores do ex-presidente dos Donald Trump.

"No momento em que vivemos com a escalada da violência, do fascismo e da opressão partindo de grupos organizados, é inadmissível que se permita a ascensão de símbolos tão carregados de ódio e antidemocráticos", afirmam os parlamentares que protocolaram a denúncia.


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Edição: Marcelo Ferreira