Rio Grande do Sul

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É agora, Rio Grande e Brasil!

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"O voto será por democracia, será por direitos, será por políticas públicas com participação social, será pela Amazônia e pelo cuidado com a Casa Comum" - Foto: Ricardo Stuckert
É preciso estar atento e forte, como diz a canção. Com fé e coragem, não haverá retrocessos

Está chegando a hora! Está chegando o dia!

O que dizer, o que escrever a 3 dias da eleição das nossas vidas!!!???

Os últimos acontecimentos, especialmente a quase tragédia promovida no fim de semana por Roberto Jefferson, aliado do presidente da República, pode ter decidido, feliz e definitivamente, a vitória de Lula no domingo, 30 de outubro. A bala de prata buscada pela campanha do atual presidente veio ´de grátis´, como chuva e bênção de primavera, para a campanha Lula.

Este episódio, junto com tantos outros, mostra o grau de insanidade presente no país, promovida pelo neofascismo e pela ultradireita que hoje governam o Brasil. Por isso, nos últimos dias e na reta final de campanha, todos os cuidados são fundamentais. O ódio e a intolerância vão crescer, e podem vir acompanhados de violência direta, como já está acontecendo. As mentiras e fake news estourarão por todos os lados, junto com meios ilícitos e ilegais para ganhar votos.

No desespero da provável derrota, a racionalidade da direita antidemocrática deixa de existir por completo, como é demonstrado a cada dia. Como, aliás, sempre aconteceu na história brasileira. Os que não são democratas, os que abominam uma sociedade livre e democrática, os que não gostam do povo trabalhador, e especialmente dos mais pobres, vão tentar impugnar a verdade, derrotar a democracia, se possível com golpes e instalação de ditaduras. Todo cuidado é pouco, pois.

Mas não conseguirão em 2022! 

Os dias e as horas que faltam até domingo, 30 de outubro, serão de intensidade máxima. Em Porto Alegre, onde moro, e em Venâncio Aires, minha terrinha, a militância do campo democrático-popular está a mil na rua, mais uma vez. A alegria e o entusiasmo estão crescendo a olhos vistos, não só pelo lado da militância lutadora, mas também pelo lado do povo e das pessoas encontradas nas ruas. Como nos melhores tempos e nas melhores campanhas, a onda da vitória chegou. O material da candidatura Lula se esgota a todo momento, há muito mais gente com adesivos no peito a cada hora que passa, a alegria e o sorriso estão estampados no rosto, as crianças vivem fazendo o gesto do L com as mãozinhas, a esperança vibra no ar.

O Rio Grande e o Brasil estão numa encruzilhada, como poucas vezes aconteceu.

A unidade do campo democrático-popular, ampliado com o apoio por parte de muitos social-democratas e mesmo de setores liberais, amplia a possibilidade de vitória de Lula, mostrando a gravidade da conjuntura brasileira atual, a profunda crise política, econômica, social, ambiental, cultural porque passa o Brasil. Não serão fáceis os próximos anos, mas o povo consciente e organizado haverá de superar todas as dificuldades e o quase caos atual mais uma vez.

A extrema direita e o neofascismo não serão vitoriosos nem no Brasil nem no Rio Grande do Sul. O voto será por democracia, será por direitos de trabalhadoras e trabalhadores, será por diálogo entre a sociedade e o governo, será por políticas públicas com participação social, será por soberania, será pela Amazônia e pelo cuidado com a Casa Comum, será pelo fim da fome, será contra o ódio e a intolerância, será por paz e solidariedade, será por futuro e esperança.

É preciso estar atento e forte, como diz a canção. Com fé e coragem, não haverá retrocessos. Num mundo em perigo, com guerra e ameaças nucleares, a vitória de Lula terá repercussão mundial. Não por nada, em mensagem para brasileiras e brasileiros, o Papa Francisco “reza para que Nossa Senhora Aparecida proteja e cuide do povo brasileiro, para que o libere do ódio, da intolerância e da violência”. 

De hoje, quinta-feira, dia 27 de outubro, quando escrevo, até o final de domingo, 30 de outubro, não haverá descanso, até a festa e o grito de vitória. SEM MEDO DE SER FELIZ! ESPERANÇAR.

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko