O Movimento de Mulheres de Viamão lançou, no final da tarde desta quinta-feIra (22), um manifesto onde denúncia postura inadequada do vereador Thiago Gutierres (PSD). De acordo com a entidade, o parlamentar teria usado músicas com expressões de baixo calão para ofender mulheres de esquerda.
O episódio aconteceu na praça da cidade da região Metropolitana de Porto Alegre, próximo ao centro administrativo, em uma barraca que traz propagandas do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL). A música utilizada seria um mesmo funk já usado na cidade de Montenegro (RS). Segundo o manifesto, essa não teria sido a primeira vez que o vereador faz ataque à mulheres.
O movimento destaca que o parlamentar teria usado instrumento sonoro, excedendo o permitido, para reproduzir músicas que traziam palavras e expressões de baixo calão, ofendendo as mulheres, inclusive as deputadas Maria do Rosário (PT) e Luciana Genro (PSOL).
“Exigimos que Thiago Gutierres se retrate publicamente, tendo em vista que bate no peito dizendo-se cristão fervoroso. Será que este cristão esqueceu seus ensinamentos primários? Ou só usa a religião para se promover e esconder a sua postura violenta? Ele pensa que estas atitudes intimidatórias ficarão impunes, mas não ficarão. Atitudes essas, primeiramente, contra as mulheres, que eram maioria em nossa banca; sendo que, na banca deles, a maioria era de homens”, diz o manifesto.
O texto enfatiza que este tipo de comportamento agressivo do vereador reforça a violência contra a mulher e incentiva o feminícidio e não pode ser normalizado. Pede que a Câmara de Vereadores apure os fatos, conforme regimento interno, e aplique as penalidades previstas. "Tendo em vista que o mesmo praticou ato atentando contra o decoro parlamentar. Tomando atitudes, a Câmara inibirá novas ações como essa, sob pena de ter manchada sua própria história”, expõe.
O movimento fez a denúncia no Ministério Público e também no Tribunal Regional Eleitoral.
O Brasil de Fato RS procurou a assessoria do vereador para um posicionamento acerca da denúncia. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.
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Edição: Marcelo Ferreira