Rio Grande do Sul

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Vitória! Sem medo de ser feliz. Viva a democracia!

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"Criou-se o clima do ´sem medo de ser feliz´ de outros tempos e eleições. Corações, corpos, mentes, espíritos sentem-se impulsionados como não acontecia faz tempo" - Foto: Jorge Leão
O resultado final vai depender da campanha de rua e da campanha das redes sociais

O dia está chegando. 2 de outubro de 2022 seguramente vai ficar registrado na memória de todas e todos e na História.

Escrevo este artigo e reflexões poucos dias antes do domingo do primeiro turno das eleições gerais brasileiras. Estão em perigo a democracia e a soberania brasileiras, assim como os direitos de trabalhadoras e trabalhadores. Estão em jogo a saída, ou não, do Brasil, de novo, do Mapa da Fome, a construção de políticas públicas com participação social, e tantas outras coisas, em meio a tempos de ódio, intolerância, violência. Está em jogo a possibilidade de recuperar a paz, individual e social, de poder defender livremente ideias e opiniões, sem precisar enfrentar agressões ou, em muitos casos, sofrer violência direta e até morte.

Arrisco algumas previsões, mesmo sabendo que o resultado de qualquer eleição sempre pode mudar na reta final. Mesmo quando as pesquisas eleitorais sinalizam, assim como a conversa direta e diária com o povo na rua, e nos tempos de hoje também as redes sociais, indicativos e possíveis resultados finais.

Lula vai ganhar no primeiro turno. Quando, na última semana de campanha, cria-se um clima de euforia, quando a militância popular se atira na campanha com toda garra e emoção, os sinais positivos vêm de todos os lados. A tendência, difícil de reverter, é aumentar a diferença, ou como dizem, aumentar a abertura da boca do jacaré a favor de Lula, com sua vitória no primeiro turno no domingo.

Se essa análise e sentimento estiverem corretos, isso também deverá influenciar positivamente as candidaturas a governador, senador, deputados federais e estaduais que fazem parte da chapa vitoriosa de Lula, ainda que, nestes casos, sempre possa haver surpresas, positivas e negativas. É como final de campeonato de futebol, quando se cria um clima de vitória faltando poucos jogos, o time se une, a torcida joga junto, a euforia toma conta. Num contexto desses, fica difícil reverter o quadro, a não ser que aconteça algum fato extraordinário, não esperado e fora de controle, tipo a suposta facada de 2018.

No Rio Grande do Sul, o quadro ainda está indefinido, seja para presidente, seja para governador e senador. Mas há sinais a serem lidos e analisados.

O resultado da eleição para governador está em aberto no Rio Grande do Sul. O final da campanha, bem como o domingo da eleição deverão ser eletrizantes. Cresceu muito a possibilidade de Edegar Pretto estar no segundo turno. Se as previsões feitas acima sobre a candidatura Lula estiverem corretas, a candidatura Edegar continuará crescendo junto com Lula. Ele poderá estar, e arrisco dizer, estará, no segundo turno, como tudo indica, com pequeno percentual e poucos votos de diferença em relação ao terceiro colocado.

A candidatura Olívio Dutra para o Senado caminha para a vitória, ainda que, neste momento, sua eleição não esteja garantida. Os candidatos de direita, embolados, poderão levar a um certo grau de voto útil na reta final, dificultando a vitória de Olívio. Mas, junto com Lula, o mais provável é a vitória de Olívio, o povo gaúcho resgatando, com justiça, sua derrota de anos atrás.

O resultado final vai depender da campanha de rua e da campanha das redes sociais. Se, como se está vendo nos últimos dias e semanas, a militância do campo democrático-popular, de Lula, Edegar e Olívio, lutadoras e lutadores, sonhadoras e sonhadores, junto com a possibilidade concreta da vitória de Lula no primeiro turno, intensificar as conversas, mostrar as bandeiras na rua, chegar em cada pessoa, eleitora e eleitor, convencendo-os a votar em Lula presidente, Edegar governador, Olívio senador, deputadas e deputados federais e estaduais, a possibilidade de vitória crescerá até domingo, 2 de outubro. E vai acontecer.

Criou-se o clima do ´sem medo de ser feliz´ de outros tempos e eleições. Corações, corpos, mentes, espíritos sentem-se impulsionados como não acontecia faz tempo. Isso sempre foi e continua sendo decisivo. Eleitoras e eleitores identificam Lula como o Brasil da Esperança. Quando isso acontece na reta final de uma campanha e de forma massiva, uma onda de energia, entusiasmo, força, coragem e fé contagia, não só a militância, mas um povo inteiro. E torna-se muito difícil confrontar ou derrotar o clima do ´sem medo de ser feliz´.

A democracia vai vencer no Brasil em 2022: o povo brasileiro desperto, as juventudes a mil, as mulheres, o povo LGBTQIA+, o povo negro, ninguém soltando a mão de ninguém, junto com todas aquelas e todos aqueles que acreditam que vale a pena lutar por liberdade, justiça, paz, igualdade, esperança. Trazendo de volta o sonho e a utopia. Até a vitória!

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko