Erechim (RS) foi palco do Seminário Regional “Mulheres Atingidas por Barragens Resgatando Saberes e Multiplicando Saúde II”, na terça-feira (9). O projeto é desenvolvido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens no Rio Grande Sul (MAB/RS) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Erechim, a partir do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos Agrários, Urbanos e Sociais/NIPEAS.
Cerca de 60 mulheres da região do Alto Uruguai Gaúcho, entre participantes do projeto, militantes do MAB, representações de entidades e organizações parceiras debateram os impactos causados pela construção das barragens de Itá e Machadinho.
O projeto iniciou em 2019 e teve continuidade nos anos que se seguiram. O objetivo é promover a organização comunitária de mulheres atingidas pelas barragens de Itá e Machadinho e debater os impactos causados por estes empreendimentos na vida e saúde das mulheres, o resgate dos saberes populares e tradicionais envolvendo plantas medicinais e cuidados com a saúde, além da discussão em torno do tema dos direitos das atingidas por barragens. As atividades consistiram em entrevistas a domicílio e encontros nos cinco municípios envolvidos: Erechim, Aratiba, Mariano Moro, Marcelino Ramos e Machadinho.
O evento foi aberto com saudações aos presentes seguidos de análise da conjuntura nacional, por Cristiane Nadaleti, doutoranda em Educação. Logo após, foram apresentados os resultados preliminares da pesquisa pelo professor Emerson Neves, coordenador do projeto pela UFFS. Por último, foi realizado um debate sobre a saúde popular e a construção de políticas públicas, conduzido pela professora Vanderleia Pulga, do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo.
Estiveram presentes a direção da UFFS campus Erechim, representante do Levante Popular da Juventude e Direção da UEE Livre, Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SUTRAF AU).
Os encaminhamentos do encontro foram a continuidade do trabalho junto as mulheres atingidas por barragens, para avançar no processo de organização comunitária e na luta por saúde, vida digna e direitos.
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Edição: Marcelo Ferreira