Rio Grande do Sul

Formatura

Themis celebra formação de novas Jovens Multiplicadoras de Cidadania

Evento acontece nesta sexta-feira (12), Dia Internacional da Juventude, às 19 horas, na Faculdade de Educação da UFRGS

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A mestre de cerimônias será a rapper Negra Jaque, que em suas composições questiona o machismo, o patriarcado e as violências sofridas pelas mulheres - Foto: Divulgação

A Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos realiza, nesta sexta-feira (12), a partir das 19h, a formatura da 6ª turma do Curso de Formação de Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMCs). A celebração ocorrerá no auditório (sala 102) da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na Av. Paulo Gama, 110, bairro Farroupilha, em Porto Alegre. Ao todo 27 jovens se formarão. A mestre de cerimônias será a rapper Negra Jaque, que em suas composições questiona o machismo, o patriarcado e as violências sofridas pelas mulheres.  

“Após a formatura vamos iniciar a etapa em que as jovens irão atuar multiplicando cidadania na defesa dos direitos das mulheres e das juventudes, conjuntamente às gurias que se formaram nas turmas anteriores. Espero muito que este curso possa fazer diferença na vida delas como fez na minha, marcando o início de uma nova forma de ver e ser no mundo, percebendo os problemas sociais que as jovens mulheres vivem e apropriadas de conhecimento possam enfrentá-los de forma coletiva”, afirma Ceniriani Vargas da Silva, a Ni, coordenadora pedagógica do curso – ela mesma uma Jovem Multiplicadora de Cidadania, formada na turma de 2003.

O curso de formação jurídico-feminista é destinado para jovens moradoras das periferias de Porto Alegre, com idade entre 15 e 20 anos, que desejam fortalecer seu ativismo, além de ampliar seus conhecimentos e sua capacidade de diálogo com seus pares. A formação é uma realização da Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio da Faculdade de Educação (Faced) e o Núcleo de Extensão e Pesquisa Antirracista e Anticapacitista (Neparc), e conta com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

A cerimônia contará, ainda, com a presença do Conselho Estadual de Direitos Humanos, do Conselho Municipal de Juventude e de Daniela Florio, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Abaixo alguns de depoimentos de JMCs da turma de 2022

Para mim, que estou começando uma nova trajetória em minha vida, fazer parte desta turma representa muita força, muita união, algo de que precisava. Ter bases e pessoas que me influenciam a fazer coisas positivas. Esse curso, essas meninas, essas mulheres, de alguma forma, tiverem uma potência e um impacto muito grande no meu caráter, na minha vida, nas minhas vivências. Estou tentando mostrar meu conhecimento, minha arte, minha poesia, e ter conhecido essas mulheres me mostrou que temos vozes e muito potencial para conseguir fazer as coisas que nós queremos. E mais: saber que, quando precisar de uma força, um auxílio, posso recorrer a elas é uma motivação. São mulheres que me inspiraram a continuar. 

Monique de Moura Ferreira, 18 anos, da Restinga

Eu não sabia nenhum dos meus direitos, e também não procurava conhecê-los. Agora, sei o que é ser uma feminista, por exemplo. Precisamos lutar para andar na rua sem medo. É um sentimento muito bom saber que não estamos sozinhas, que estamos em coletivo para mudar nossa geração. É muito bom ver mulheres ajudando-se. 

Laryssa Sinae Farias Ramos, 15 anos, da Restinga Velha

Antes de vir para o curso, eu não sabia completamente nada sobre os meus direitos, os direitos que as mulheres têm. E muitas ainda não sabem sobre eles. Agora, sabendo dos meus direitos, quero repassá-los para outras mulheres: da minha família, amigas, amigas de amigas e outras jovens. Quando chego em casa, conto os ensinamentos do curso para minhas três mães, três mulheres incríveis: minha mãe, minha avó e minha tia. Quero que elas saibam os direitos que têm enquanto mulheres. Me sinto muito acolhida nesta formação por entender o que outras mulheres passam, que não estamos sozinhas. Aqui é um lugar com um poder de acolhimento feminino muito poderoso. 

Sybelly Fagfej, 16 anos, da Aldeia Fagnhin, na Lomba do Pinheiro

*Com informações da Themis


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Edição: Katia Marko