Rio Grande do Sul

Diversidade

Primeiro centro de referência à comunidade LGBTI+ de Porto Alegre começa atendimentos

Desde o dia 28 de junho, de forma gratuita, profissionais ofertam atendimento social, jurídico e de saúde mental

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Entre os serviços realizados está a orientação sobre retificação do registro civil, acesso à carteira de nome social e acesso a serviços da rede socioassistencial - Piqsels

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciou os atendimentos do primeiro centro de referência voltado à comunidade LGBTI+ e vivendo com HIV/aids de Porto Alegre. Gratuito, o serviço oferece atendimento social, jurídico e de saúde mental e acontece na universidade e no Centro Histórico da capital gaúcha.

O projeto da UFRGS é uma ação de extensão vinculada ao CIPAS (Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde) e ao Nupsex (Núcleo de Pesquisa em Sexualidade e Relações de Gênero), ambos do Instituto de Psicologia da UFRGS. É resultado de uma emenda parlamentar de R$ 700 mil da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL/RS), articulada em conjunto com a Setorial LGBTI+ do PSOL RS.

O atendimento iniciou em 28 de junho, ofertado por profissionais e graduandos das áreas de Serviço Social, Psicologia, Direito e Enfermagem. Entre os serviços realizados está a orientação sobre retificação do registro civil, acesso à carteira de nome social, acesso a serviços da rede socioassistencial, orientação sobre direitos, acolhimento de situações de violência, adesão a tratamento e escuta em saúde mental.

O espaço também viabiliza atividades de educação permanente e oficinas formativas para os serviços e equipe da rede socioassistencial. Especialmente para instituições da assistência social, saúde, educação e do sistema de justiça, nas matérias de gênero e sexualidade. 

Segundo destaca a parlamentar, foram investidos R$ 3,2 milhões para políticas LGBTI+ no seu mandato. Entre os outros projetos viabilizados pela verba estão um programa de incentivo a empregabilidade trans no RS e recursos para o ambulatório trans de Santa Maria. “Em um momento em que conservadores dominam o governo federal, o contraponto é necessário para garantir o respeito aos direitos humanos", afirma Fernanda.

O serviço funciona no Centro Histórico de Porto Alegre, de segunda à sexta nas manhãs (9h às 12h) e tardes (13h às 17h), no primeiro andar da Rua Uruguai, 300. Nesses horários, há atendimento sem necessidade de agendamento, no modelo "portas abertas". Às noites, o centro atende entre 18h e 21h, a partir de agendamentos, no Anexo I da UFRGS (Ramiro Barcelos, 2777, Sala 310).


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Edição: Marcelo Ferreira