A convenção eleitoral que reuniu representantes das federações Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e PSOL-Rede oficializou a chapa Edegar Pretto (PT) e Pedro Ruas (PSOL) para a disputa ao governo do estado do RS nas eleições de outubro deste ano. O evento aconteceu durante a manhã deste domingo (31), no Hotel Ritter, em Porto Alegre. Embora também faça parte da federação, a convenção estadual do PCdoB aconteceu em local diverso. Porém, o presidente estadual da sigla esteve presente no Ritter.
Além da candidatura ao Executivo estadual, foi confirmado o nome de Olívio Dutra (PT) para disputar uma vaga no Senado. Junto dele, estará Roberto Robaina (PSOL), na primeira suplência. Por determinação política do próprio Olívio, a Federação irá trabalhar para ter uma mulher negra na segunda suplência da chapa ao Senado.
Também foram apresentados os candidatos ao Legislativo estadual e federal. Segundo a assessoria de comunicação da Federação, 88 candidatos do PT, PCdoB e PV compõem a lista da nominata: 56 para a Assembleia Legislativa e 32 para a Câmara Federal.
O ato de homologação das candidaturas foi realizado pelo presidente estadual do PT, deputado federal Paulo Pimenta. Também marcou presença a deputada estadual pelo PSOL e presidente da Federação PSOL/Rede Sustentabilidade, Luciana Genro. O presidente do PV/RS, Marcio Souza, e o porta-voz da Rede Sustentabilidade, Andrezão Costa estavam no palco representando suas siglas. O ex-governador Tarso Genro e o senador Paulo Paim (PT/RS) subiram ao palco e fizeram saudações.
Assinatura de carta de compromissos
Antes da manifestação dos candidatos, houve a leitura de uma Carta de Compromissos, destacando os objetivos e visão em comum das siglas. A carta lista "prioridades da população gaúcha e as propostas de como enfrentar os desafios de cada área para promover o desenvolvimento das regiões, a partir das suas demandas específicas. Entre os principais compromissos estão o combate à fome e à miséria, investimentos nos pequenos negócios e na agricultura, para que a geração de emprego e renda possam potencializar a economia do estado".
Segundo o candidato Edegar Pretto, a assinatura da carta firma um compromisso com a população, no objetivo de "reconstruir o Rio Grande do Sul”. Afirmou também que a construção do documento foi um diferencial do período de pré-campanha e recordou que a construção da carta foi realizada a partir da escuta da população, através de 10 assembleias populares que foram realizadas durante o período.
Durante sua fala, Pretto saudou as representações partidárias presentes, das duas federações, e recordou sua entrada na política, a convite do próprio Olívio Dutra, quando era presidente estadual do partido no RS.
Combinação entre partidos fez parte de "responsabilidade com a história"
O candidato a vice-governador Pedro Ruas (PSOL), saudou a presidenta estadual do seu partido, pela costura da composição. Da mesma forma, os representantes da Rede, PV e PCdoB. Reclamou das isenções fiscais bilionários que "beneficiam os ricos, não geram empregos e não fazem desenvolvimento. Não somos contra isenções, somos contra assalto! Dinheiro público é sagrado!", protestou.
Logo da sua chegada ao Ritter Hotel, Ruas foi questionado pela reportagem do Brasil de Fato RS sobre a costura da composição. Afirmou que a articulação aconteceu com "responsabilidade histórica" e como forma de montar uma "unidade para vencer a direita, o bolsonarismo e seus tentáculos". Declarou ainda que acredita na capacidade dessa composição para vencer as eleições.
Igualdade entre discurso e prática
O ex-governador e candidato ao Senado, Olívio Dutra, saudou a articulação das siglas e movimentos populares que estiveram presentes na convenção, e afirmou que o povo brasileiro precisa construir uma maioria para fazer as reformas necessárias.
"Não são os cargos que nos movem, queremos construir um governo em nível nacional e estadual para podermos fazer mais. Queremos que os mandatos façam a diferença", disse Olívio.
Destacou também o modelo de candidatura coletiva com os seus suplentes, em um esforço de construir a unidade das forças de esquerda. Defendeu que essas posturas não sejam somente discursos, mas que se reflitam na prática.
“Queremos que o Senado também seja representado para fora, através do nosso mandato, com os movimentos populares. Temos um compromisso sério, porque temos lado e sempre tivemos, que é a classe trabalhadora”, afirmou.
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Edição: Katia Marko