Rio Grande do Sul

O PAPEL DO ESTADO

Editorial | Não podemos errar em 2022

"Frente à frente com a urna, os trabalhadores e assalariados em geral não podem votar contra seus próprios interesses"

Brasil de Fato | Porto Alegre |
urna eletronica mulher
"Errar em 2022 terá um custo muito maior do que podemos imaginar" - Fábio Pozzebom/Agência Brasil

O Estado brasileiro vai estar em disputa novamente nas eleições deste ano. Ao votar estaremos dizendo que Estado queremos. É o que faremos quando a gente for escolher nossos candidatos a deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Para tanto, precisamos atentar para o que sinaliza cada discurso. E, especialmente, aquilo que se esconde atrás de cada discurso. Porque tais intenções nem sempre são mostradas claramente ao eleitor. Olho vivo, portanto.

Os candidatos estão divididos entre dois modelos de Estado. Um é o Estado que investe, acolhe e protege. Outro é o Estado que se ausenta, empurrando suas responsabilidades públicas, assumidas perante a Constituição de 1988, ao mercado. Que irá cobrar – e bem – por um serviço antes universal e gratuito.

O primeiro é o Estado de bem-estar social. O segundo é o Estado mínimo. O primeiro garante saúde, educação, água, energia, estradas, proteção à natureza, segurança e um sem número de serviços, muitos deles gratuitos. É o Estado que interessa à imensa maioria dos eleitores e eleitoras que dele dependem.

O segundo interessa aos empresários que só querem abocanhar, por preço vil, um bom negócio que lhes vai render muito dinheiro.

Frente à frente com a urna, os trabalhadores e assalariados em geral não podem votar contra seus próprios interesses. Muitas vezes, porém, isso acontece e o tiro é disparado no próprio pé.

Tanto no Rio Grande quanto no Brasil não é difícil perceber que os candidatos da situação jogam no time do Estado mínimo. Basta ver a obra de cada um. Errar todos erramos. O que não se pode é persistir no erro. Errar em 2022 terá um custo muito maior do que podemos imaginar.

Edição: Ayrton Centeno