Rio Grande do Sul

Diversidade

25ª Parada Livre de Porto Alegre acontece no próximo dia 12 (domingo) na Redenção

Depois de dois anos, ato volta às ruas com o tema "Contra o ódio, luta! Essa bandeira é de todes" e mais de 30 atrações

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A Parada Livre de Porto Alegre acontece na capital gaúcha desde 1997
A Parada Livre de Porto Alegre acontece na capital gaúcha desde 1997 - Foto: Luiza Castro/Sul21

Após dois anos interrompida, a Parada Livre de Porto Alegre estará de volta em sua 25ª edição, no próximo domingo (12), a partir do meio dia, no Parque da Redenção. Com o tema "Contra o ódio, luta! Essa bandeira é de todes", a manifestação e ato cultural contará com apresentações artísticas e seguirá até às 22h em palco montado próximo aos espelhos d'água. Ato retorna às ruas financiado pela multa do fechamento da Queermuseu. 

Conforme destaca a organização, o tema escolhido pretende provocar a mobilização do público. "Nossa proposta nesse tema não poderia ser diferente depois de ver o Brasil acumular mais de 667 mil mortes na pandemia, onde muitas poderiam ser evitáveis. É nosso papel, em um momento tão importante mostra que precisamos lutar, não apenas por nós LGBTI+, mas por todas as populações oprimidas", explica Gabriel Galli, ativista da ONG Somos.  

A parada deste ano foi tornada possível em parte pelo financiamento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do RS e o banco Santander pelo fechamento da exposição Queermuseu: cartografias da diferença, em setembro de 2017. "Os conservadores que provocaram esse episódio, um dos maiores escândalos de censura às artes no nosso país, não imaginavam que na verdade gerariam uma reação tão forte do movimento. Foi resultado de muita luta", ressalta Célio Golin, do grupo Nuances, responsável pela representação que resultou no termo.

Mais de 30 atrações

Pela primeira vez, a programação cultural iniciará com um bloco de carnaval, o Bloco do Beijo. Após, segue com mais de 30 atrações, entre shows de drag queens, cantores, grupos musicais e de dança. Outra novidade neste ano é a Rua dos Direitos, em que organizações sociais e instituições públicas apresentarão seus projetos e ações para a comunidade LGBTI+.

A partir das 15h terá início a marcha que dá a volta no parque, iniciando pela Avenida Setembrina, seguindo pela Osvaldo Aranha, José Bonifácio, João Pessoa e retornando ao palco. Ao todo, estão previstos sete trios elétricos. Um dos destaques deste ano é um trio composto apenas por homens trans. "É uma forma de marcarmos a invisibilidade histórica da nossa comunidade e mostrarmos a força do movimento", explica Caio Tedesco, do coletivo Homens Trans em Ação.

A Parada Livre é organizada pelos coletivos Nuances, Igualdade, Somos, Outra Visão, G8 - SAJU/UFRGS, Juntos LGBT, Mães pela Diversidade, Escoteiros do RS, Homens Trans em Ação, Bloco da Diversidade, Coletivo Amora, NUDS- Núcleo de Diversidade do Sintrajufe/RS, Instituto Teia - Direitos Humanos, Transenem, Rede Lés-Bi, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - RS e Homens Negros Trans e Transmasculines em Diáspora.

Além da verba decorrente do TAC decorrência do fechamento antecipado da exposição “Queermuseu-Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, a manifestação conta com o apoio e financiamento da Prefeitura de Porto Alegre+

A Parada Livre de Porto Alegre acontece na capital gaúcha desde 1997. 


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Edição: Marcelo Ferreira