Cerca de 200 servidores de diferentes Promotorias de Justiça do estado e também de Porto Alegre realizaram, na última sexta-feira (27), uma manifestação em frente à sede do Ministério Público, em Porto Alegre. Devido à mobilização, o procurador-geral de Justiça (PGJ), Marcelo Dornelles, recebeu o sindicato para conversar sobre a pauta de reivindicações da categoria.
Do carro de som, posicionado em frente às torres do Ministério Público, o presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado (Simpe-RS), Jodar Pedroso Prates, saudou o esforço dos colegas presentes mesmo com a chuva e destacou a busca pela retomada do diálogo com a administração da instituição. "Nós somos um quadro de servidores qualificados, merecemos um tratamento mais respeitoso, mais digno, merecemos valorização. Nós queremos o diálogo, queremos construir soluções para as nossas demandas. Nosso objetivo aqui é a retomada do diálogo e a abertura de uma mesa de negociação sobre as nossas pautas", destacou.
O diretor institucional do sindicato e coordenador executivo da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos dos Estados (Fenamp), Alberto Ledur, pontuou que os servidores estavam ali em busca de respostas para demandas já conhecidas pela administração, como em relação às remoções e promoções: "Essas medidas são simples, são concretas e são as ações que nós esperamos da administração. Estamos aqui prontos para discutir, para construir um entendimento, para avançar nos temas da categoria, nos remuneratórios e nos administrativos. Esse é o alerta que os servidores fazem aqui para a administração do MP. Por isso os servidores estão aqui, por diálogo e por respeito por quem veste a camiseta da instituição", afirmou.
A diretora de assuntos culturais e esportivos do Simpe, Nadia Latosinski, enfatizou o tema da saúde mental dos servidores e da necessidade de reconhecimento da categoria como parte do Ministério Público: "A gente quer espaço, quer ser ouvido. A gente não quer só o tapinha nas costas... Estamos cansados de não ter o diálogo. O que pedimos aqui é somente o nosso espaço, não queremos mais do que merecemos. Se nós somos dois terços da força de trabalho, nós fazemos parte disso aqui sim", expôs.
A atividade também contou com a participação de dirigentes de entidades parceiras. Os coordenadores do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus/RS) Fabiano Zalazar e Osvaldir Rodrigues da Silva registraram seu apoio à manifestação e às demandas dos servidores do MP. A coordenadora-presidenta do Sindicato dos Servidores da Procuradoria-Geral do Estado do RS (Sindispge/RS), Sabrina Fernandes, também saudou a mobilização e manifestou o apoio da entidade. Os dirigentes do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Amazonas, Marlon Bernardo, e do Sindicato dos Servidores da Defensoria Pública do RS, Thomas Vieira, também enviaram mensagens de apoio à luta dos servidores do MPRS.
Para o presidente do Simpe-RS, a atividade cumpriu o seu papel: "Este foi um ato histórico para a nossa categoria. Colegas de todos os cantos do estado estiveram presentes para mostrar que a nossa categoria está insatisfeita e precisa ser ouvida. Também cumprimos o nosso objetivo de retomar o diálogo com a administração e esperamos que possamos avançar nas nossas pautas a partir disso", avaliou o dirigente.
Reunião com o Procurador-Geral
O presidente e a vice, Sandra Zembrzuski participaram do encontro com o PGJ, na sede do Ministério Público. Além de Dornelles, também estavam na reunião a subprocuradora-geral de Justiça para assuntos jurídicos, Angela Salton Rotunno, e o subprocurador-geral de Justiça para assuntos administrativos, Benhur Biancon Junior.
O sindicato entregou um ofício ao procurador-geral onde expôs a pauta de reivindicações dos servidores e pediu a abertura de mesa de negociação sobre as demandas. Além de explicarem alguns dos pedidos, os dirigentes do sindicato também ressaltaram a importância do diálogo com a categoria e da abertura de espaço para os servidores nas comissões que tratam de assuntos que afetam este setor.
O procurador-geral se comprometeu a estudar as pautas que estavam no ofício e a entregar uma resposta formal à categoria. Uma nova reunião deve ser agendada com o sindicato para que a administração faça essa entrega.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Simpe-RS
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::
PRECISAMOS DO SEU APOIO
O Brasil de Fato RS não cobra nenhum tipo de assinatura dos leitores, todas nossas informações são gratuitas. Por isso, precisamos do seu apoio para seguir na batalha das ideias.
CONTRIBUA através do PIX 55996384941 (celular), em nome do Instituto Cultural Padre Josimo.
A democratização da comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.
Edição: Katia Marko