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Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) presta solidariedade à Bruno Lima Rocha Beaklini

Professor, analista político e colunista do Brasil de Fato RS teve artigo retirado de site da Unisinos após pressões

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Artigo de Bruno foi retirado do ar de site de entidade da Unisinos após pressão de entidades ligadas à causa judaica - Reprodução

A Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) prestou solidariedade ao professor, articulista e analista político Bruno Lima Rocha Beaklini. Recentemente, Bruno publicou o artigo “A espionagem sionista e o risco de sabotagem nas eleições brasileiras” em diversos veículos de comunicação, inclusive em sua coluna no Brasil de Fato RS. O Instituto Humanitas (IHU), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) havia publicado o texto, mas o retirou após pressão de entidades ligadas à causa judaica e à defesa do estado de Israel.

A FEPAL encaminhou carta o reitor da UNISINOS, Sérgio Mariucci, para prestar solidariedade à Bruno. Este, havia publicado o referido artigo no site do Instituto Humanitas (IHU), ligado à referida Universidade. Na referida produção, Beaklini analisou a informação trazida anteriormente por outros veículos de comunicação, de que o Brasil estaria contratando convênio de cooperação com a empresa israelense Cysource, a pretexto de segurança cibernética.

O artigo foi retirado do site do IHU após pressões da organização chamada "StandWithUs", que se apresenta como “Instituição que educa sobre Israel ao redor do mundo”. A referida entidade enviou carta à Unisinos, acusando Beaklini de suposta disseminação de ódio contra judeus, dentre outros argumentos.

A FEPAL registrou que, junto da carta da StandWithUs, a Unisinos sofreu um ataque nas redes sociais, acusando o articulista de “antissemitismo” e perseguição aos judeus ao trocar a palavra “judeu” por “Israel”. Registrou também que, em um grupo de Facebook, por exemplo, um dos integrantes se referiu ao corpo docente e administrativo da Universidade como “vermes travestidos de acadêmicos”. “Os jesuítas sempre foram, são e nunca deixarão de ser antissemitas”, escreveu outro. Para um terceiro, o “Instituto Humanitas da Unisinos tem um site profundamente ‘antissemita’, travestido de antissionista”.

Por outro lado, a FEPAL considera que o artigo apenas reproduz o que vem sendo noticiado na mídia internacional, que detectou ação israelense de espionagem massiva em todo o mundo há quase duas décadas. Como exemplo, citou como o “lobby israelense espionava cidadãos estadunidenses para prejudicar ativistas pró-Palestina, algo que remonta a 2006”.

Em sua carta de solidariedade enviada para a universidade, a FEPAL também lembrou que “o israelense Pegasus espionou mais de 50 mil pessoas em pelo menos 45 países, desde 2016, incluindo governantes, jornalistas e editores (CNN, New York Times, al-Jazeera, France 24, El País, Le Monde, Economist, Guardian e as agências AFP, Associated Press, Reuters e Bloomberg, entre outros)”. A carta pode ser conferida na íntegra aqui.

Rebatendo os argumentos da StandWithUs, a carta da FEPAL afirmou ainda que “criticar o nazismo e seus crimes não importa em criminalizar todo o povo alemão, ontem ou hoje, bem como não significa demonizar a Alemanha como nação e povo, negando-lhe o direito à autodeterminação”. Pela mesma lógica, segue a entidade, “criticar o sionismo não significa antijudaísmo, negação de direitos nacionais ou defesa do fim de Israel”.


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Edição: Marcelo Ferreira