A celebração do Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, no próximo domingo, 1° de maio, volta às ruas de todo o Brasil em 2022, após dois anos de eventos online em razão do isolamento social para conter o avanço da pandemia da covid-19. Em Porto Alegre, com o tema é “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, as centrais sindicais promovem ato unificado e cultural, das 10h às 13h, junto ao Espelho d’Água, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
Haverá um momento ecumênico, manifestações de dirigentes das centrais e partidos políticos e apresentações de artistas locais, valorizando a cultura. O ato é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical, Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Pública e Fórum Sindical e Popular.
O Brasil de volta para os trabalhadores e as trabalhadoras
“Vamos reforçar também a luta pela revogação da lei do teto de gastos, aprovada logo após o golpe que derrubou a presidenta Dilma para congelar investimentos sociais, e das reformas trabalhista e da Previdência, aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro para precarizar o trabalho e empobrecer a classe trabalhadora”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. Para o dirigente sindical, nada disso é possível com a permanência do atual governo no poder, pois com eles não há possibilidade de dias melhores para quem trabalha.
Amarildo critica que o atual presidente dedica mais tempo provocando confrontos com o Supremo Tribunal Federal (STF) do que pensando em medidas para resolver os problemas do desemprego, da fome e da miséria que cresceram nos últimos anos. A última medida de Bolsonaro foi editar um decreto para perdoar – e livrar da prisão – seu aliado deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de crimes contra a democracia e ameaças a ministros da Corte antes mesmo do processo transitar em julgado, ou seja, o que ele fez foi determinar que um processo não siga os trâmites até o final.
“Derrotar Bolsonaro e tudo o que ele representa é a grande tarefa que nós temos pela frente. Por isso, precisamos estar nos locais de trabalho, nas ruas, nas redes e nas urnas para dialogar sobre a importância das eleições deste ano. Temos a chance de mudar o rumo do país e eleger um governo comprometido com o povo brasileiro e a retomada do desenvolvimento do país”, salienta Amarildo. “É hora de trazer o Brasil de volta para os trabalhadores e as trabalhadoras”, conclui o presidente da CUT-RS.
Unidade e luta pela retomada da esperança no Brasil
O presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, também lembrou que “o país não aguenta mais a inflação, o desemprego, a volta da fome, e a falta de perspectivas gerada por um governo antipovo que negou a doença e boicotou a vacina". para o dirigente, o Brasil, os trabalhadores e as trabalhadoras merecem um outro futuro. "Por isso a CTB convida todos para vir pra rua neste primeiro de maio, em defesa dos empregos, direitos para todos e todas, pela democracia, pela vida e pela revogação da reforma trabalhista que não gerou os empregos prometidos e precarizou ainda mais as relações de trabalho.”
Conforme Guiomar, a construção de uma ampla unidade se faz necessária para que se possa construir uma nova maioria política que dê início a um projeto de reconstrução nacional, conforme deliberado na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em 7 de abril. “Assim estaremos unificando as propostas da classe trabalhadora para tirar o Brasil da crise e devolver a dignidade ao povo brasileiro”, finalizou.
*Com informações da CUT-RS e CTB/RS
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Edição: Marcelo Ferreira