Os atingidos pela barragem Lomba do Sabão, localizada no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, receberam a visita da Missão-Denúncia da Campanha Nacional Despejo Zero na manhã desta terça-feira (26). A campanha está acompanhando áreas de despejos na região metropolitana de Porto Alegre desde segunda-feira (25). Os integrantes também participaram, nesta quarta (27), de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre e de uma reunião com os diretores do Departamento Municipal de Habitação da Capital.
Localizada na divisa entre Porto Alegre e Viamão, a barragem Lomba do Sabão foi desativada e abandonada pela Prefeitura de Porto Alegre há muitos anos. Situação que causou diversos impactos para o bairro Lomba do Pinheiro, inclusive risco de rompimento. Entre muitos problemas relatados, os moradores denunciam as más condições das novas moradias para onde foram realocados: muitas construções já apresentam rachaduras e infiltrações.
Segundo Débora Moraes, coordenadora municipal do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), uma das organizações que se somou à iniciativa, a presença da missão na barragem da Lomba do Sabão trouxe luz e esperança para os moradores que estão abandonados pelos órgãos municipais. “O poder público simplesmente esqueceu que existe essa barragem e moradores que residem aqui”, argumenta Débora.
A Campanha Despejo Zero é uma ação nacional, cujo objetivo é suspender despejos e remoções forçadas de famílias. “É preciso registrar que, historicamente, comunidades, movimentos do campo e da cidade, populações tradicionais e militantes de diversos segmentos têm se mobilizado e resistido pelo direito a sua moradia e território. Grileiros e especuladores, muitas vezes aliados aos poderes públicos, têm expulsado comunidades e violado direitos por todo o país. A garantia da moradia digna, no campo e na cidade, é fundamental para a manutenção da vida – centro da nossa campanha”, frisa o texto do Despejo Zero RS.
Entre as atividades previstas da missão está a realização de assembleias e escutas em cada ocupação e região visitada. O objetivo é montar um relatório de denúncias que será utilizado para cobrar medidas do poder público acerca das violações de direitos humanos e do direito à moradia da população atingida.
*Com informações do Coletivo de Comunicação MAB RS
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Edição: Marcelo Ferreira