Rio Grande do Sul

EDUCAÇÃO NO RS

Escolas do campo de Piratini reivindicam transporte na Seduc em Porto Alegre

Mais de 340 alunos estão impossibilitados de retornar às aulas presenciais devido à falta da prestação do serviço

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Grupo foi recebido pelo diretor geral da Seduc, Guilherme Corte, que garantiu regularização do transporte escolar em 20 dias - Foto: Maiara Rauber

Pais, educadores e educandos de escolas do campo de  Piratini, da região Sul do Rio Grande do Sul, se deslocaram até Porto Alegre, na Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc), na manhã desta terça-feira (26). O intuito da ação é reivindicar, novamente, o direito ao acesso do transporte escolar público, visto que no município as escolas estaduais do campo estão em atividades remotas, impedidas de iniciar as aulas presenciais por falta da prestação desse serviço básico por parte do estado.

A falta de transporte para as escolas do campo no município de Piratini impede que 290 educandos retomem as aulas presenciais. Além disso, na cidade de Santana do Livramento, na região da Fronteira Oeste do estado, mais de 50 alunos do ensino noturno da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Conselheiro também estão sem transporte.

Essa problemática vem ocorrendo há muito tempo, segundo Juliane Soares, do setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do RS. "Infelizmente é um problema recorrente que está presente em todo início de ano letivo. Pedimos agilidade nessa pauta, pois a não garantia do transporte escolar por parte do Estado fere o direito ao acesso à educação pública, e como já mencionado, hoje centenas de estudantes estão com esse direito negado”, salienta a educadora.

Guilherme Corte, diretor geral da Seduc, conversou com os presentes e informou as ações já tomadas pela organização. De acordo com ele, nos próximos 20 dias a situação deve ser regularizada e as localidades que não possuem transporte terão ônibus disponíveis para o deslocamento dos educandos.

No entanto, esse retorno não confortou a comunidade escolar. Por isso, um dos representantes das escolas se dirigiu até o Ministério Público Estadual, onde foi recebido pela promotora Luciana Cazarotto. Ao MP, foi cobrada uma providência jurídica em relação ao descaso do estado com as escolas do campo.


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Edição: Marcelo Ferreira