O Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e a Fundação Oswaldo Cruz deram início, neste mês de abril, às atividades do projeto “Diagnóstico das condições de vida e saúde ambiental em regiões atingidas por barragens no estado do Rio Grande do Sul”. Ao observar profundamente a realidade concreta da vida e da saúde do povo atingido por barragem, o projeto visa contribuir na proposição de políticas públicas em saúde para as áreas atingidas e ameaçadas por empreendimentos hidrelétricos no estado.
As ações a campo do projeto consistem na aplicação de questionários com moradores e profissionais de saúde nos municípios de Aratiba e Mariano Moro, localizados no território atingido pela barragem de Itá, na região norte do estado, e nos municípios de Porto Lucena e Alecrim, localizados no território atingido pelo projeto do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi e Panambi, na região noroeste.
O objetivo é promover o diálogo com as famílias atingidas por barragens, profissionais da área de saúde atuantes nos municípios pesquisados, secretarias de saúde, prefeituras, sindicatos parceiros, hospitais comunitários e sociedade em geral, que tenham interesse em contribuir com a pesquisa.
Na quarta-feira da semana passada (6), militantes do MAB iniciaram as entrevistas com moradores em Aratiba e seguem, em seguida, para Mariano Moro, Alecrim e Porto Lucena. A partir do dia 18, os pesquisadores da Fiocruz somam-se a equipe de campo para dar sequência ao roteiro de atividades nos dois territórios atingidos por barragens até o final do mês.
“A Fiocruz é referência nacional em saúde pública, com renome internacional. Seus profissionais são de alta competência e o MAB tem orgulho enorme em estar desenvolvendo estas atividades junto aos atingidos com pessoas tão empenhadas nas melhorias das condições de vida do povo, como são os trabalhadores da Fiocruz. Certamente o resultado desta pesquisa será de enorme importância para o MAB e para o poder público municipal”, afirmam os coordenadores do MAB.
* Com informações do Coletivo de Comunicação do MAB RS
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Edição: Marcelo Ferreira