O escritor e jornalista Rafael Guimaraens recebe, nesta terça-feira (12), às 17h, o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre. Rafael receberá a homenagem por sua contribuição ao jornalismo e à literatura, com sua obra dedicada à memória da cidade. A solenidade acontecerá no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255).
Na ocasião, também será inaugurada no saguão do Plenário a exposição "O Editor Escritor da Cidade: A trajetória de Rafael Guimaraens na historiografia porto-alegrense". A mostra seguirá aberta até o dia 22 de abril e vai reunir originais, fotos, livros e prêmios do escritor.
Guimaraens publicou mais de 20 livros que têm como palco principal a cidade de Porto Alegre, resgatando episódios históricos conhecidos ou revelando histórias desconhecidas ao público leitor. A proposta da homenagem foi feita em 2020, sendo de autoria do ex-vereador Marcelo Sgarbossa (à época no PT). Durante a cerimônia, a Câmara será representada pelo vereador Jonas Reis.
Sobre o homenageado
Carlos Rafael Guimaraens Filho é jornalista e escritor, mais conhecido como Rafael Guimaraens. Iniciou sua carreira em 1976, atuando na Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal). O mensário foi importante durante a luta pela redemocratização do país. Rafael foi um dos quatro jornalistas processados e presos pela publicação de documentos secretos do Exército.
Dez anos depois, foi editor de política do jornal Diário do Sul, de 1986 a 1988. Posteriormente exerceu diversas funções nas assessorias de imprensa da Prefeitura de Porto Alegre, do governo do estado e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Desde então passou a se dedicar também a escrever livros e reportagens de história e também de história ficcionalizada, recriação histórica através da ficção, com especial frequência sobre fatos marcantes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.
É autor dos livros "O Livrão e o Jornalzinho" (1997, reeditado em 2011), "Pôrto Alegre Agôsto 61" (2001), "Trem de Volta, Teatro de Equipe" (com Mario de Almeida, 2003). Com "Tragédia da Rua da Praia", de 2005, recebeu o prêmio "O Sul Nacional e os Livros", na categoria melhor narrativa longa - este livro teve uma versão em quadrinhos com Edgar Vasques, relançado agora, em 2022. Seguiram-se "Abaixo a Repressão – Movimento Estudantil e as Liberdades Democráticas" (com Ivanir Bortot, 2008), e "Teatro de Arena – Palco de Resistência" (2009), vencedor do prêmio Açorianos nas categorias Especial e Livro do Ano. Com "A Enchente de 41" recebeu em 2010 o Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES), como melhor livro de não-ficção.
Depois vieram "Rua da Praia – Um Passeio no Tempo" (2010), "Unidos pela Liberdade!" (2011), "Mercado Público – Palácio do Povo" (2012), "A Dama da Lagoa" (2013), "Águas do Guaíba" (2015). Com "O Sargento, o Marechal e o Faquir" (2016), foi novamente agraciado com o Prêmio da AGES, desta vez na categoria Especial, e com "20 Relatos Insólitos de Porto Alegre" (2017), ganhou o Prêmio Minuano de Literatura. Publicou "Fim da Linha - Crime do Bonde" em 2018 e no ano seguinte "O Espião que Aprendeu a Ler", vencendo seu terceiro Prêmio AGES, desta vez em melhor narrativa longa.
Em 2021, recebeu menção honrosa do Prêmio Açorianos com "1935", também na categoria narrativa longa, e, no mesmo ano, lançou o livro infantil Bolita de Gude. Todos esses títulos foram publicados pela editora Libretos.
Sua produção autoral soma ainda outros livros, num total de 22 obras. Em 1986, editou o livro "Legalidade – 25 anos" e coordenou a edição do livro "Coojornal – um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar" (2011, vencedor do prêmio Açorianos, categoria especial) e também do livro "Os Filhos Deste Solo – Olhares Sobre o povo Brasileiro" em 2013. Produziu o roteiro do espetáculo "Legalidade – o Musical", de 2011, exibido durante as comemorações oficiais do cinquentenário da Campanha da Legalidade.
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Edição: Marcelo Ferreira