As Centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de movimentos sociais, estudantes, artistas e profissionais de diversas áreas voltam às ruas neste sábado (9), no “Dia Nacional de Mobilização – Bolsonaro nunca mais". No Rio Grande do Sul, sete municípios já confirmaram protestos. Na Capital, a concentração do ato acontece às 15h, no Largo Glênio Peres, seguido de caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares.
Os atos, já confirmados em mais de 40 cidades brasileiras, destacam a atual situação da população, que sofre com aumento dos combustíveis e do gás, com despejos, fome e desemprego. Também evidenciam o descaso com a pandemia e as suspeitas de corrupção praticadas pelo governo Bolsonaro, como o escândalo no MEC.
“A classe trabalhadora não aguenta mais o governo Bolsonaro. Por isso, retomar as ruas, com força, ajudará a tirar esse governo nefasto do Palácio do Planalto", afirma Neiva Lazzarotto, integrante da Frente Povo Sem Medo/Intersindical. Segundo ela, além das pautas contra a fome, o desemprego e a alta dos preços, "nós do 39° Núcleo do CPERS levaremos a bandeira 'Pelo fim da Escola Cívico-Militar', pois Bolsonaro quer recrutar a juventude pobre para as ideias neofascistas”.
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, as condições de vida do povo brasileiro pioraram com a disparada dos preços, aumentando o número de pessoas que passam fome. Enquanto isso, ressalta, "o governo Bolsonaro e seus aliados nos estados e municípios não apresentam medidas emergenciais e estruturais para enfrentar o desemprego, a pobreza e a exclusão social”.
Na avaliação da coordenadora-geral da CSP-Conlutas RS, Rejane de Oliveira, o ato marca a retomada das lutas nas ruas. Segundo ela, a central vai para as ruas exigir "Fora, Bolsonaro e Mourão" e medidas emergenciais que garantam que a classe trabalhadora não pague pela crise do capitalismo. "Queremos a revogação das reformas trabalhista e da Previdência, congelamento dos preços dos alimentos, aumento de salário. Não dá para esperar as eleições para tirar Bolsonaro e derrotar suas políticas", afirma, defendendo a realização de uma greve geral.
"Iremos denunciar a terrível situação que está vivendo o povo brasileiro! Enquanto os empresários seguem acumulando fortunas, a população sofre com o desemprego, a fome, a carestia", afirma o integrante do Fórum Sindical e Popular, Érico Correia. "Os preços dos alimentos, do gás, gasolina, luz, remédios, tudo está 'pela hora da morte'. Precisamos mostrar nossa indignação e lutar para acabar de uma vez por todas com este governo fascista, negacionista e opressor”, completa.
Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, diz que para a central este ato é fundamental para retomar as mobilizações "em defesa da construção de uma ampla frente popular e democrática que possa derrotar as forças conservadoras e retrógradas que comandam o nosso estado e nosso país". Ele entende que o diálogo com os trabalhadores e com a sociedade precisa ser ampliado, "com uma denuncia cada vez mais veemente da gravidade que passa o país e o povo trabalhador”.
“Vamos bater panelas para denunciar os milhões de brasileiros e brasileiras que estão desempregados e passam fome. Bolsonaro é o grande responsável por mais de 14 milhões de pessoas não terem comida nas suas mesas todos os dias. Da mesma forma estaremos denunciando o Bolsonaro genocida, o Bolsonaro corrupto, o Bolsonaro que destrói as políticas públicas”, ressalta a diretora da Cut-RS e integrante da Frente Brasil Popular, Vitalina Gonçalves.
Na avaliação da atriz e atuadora Tânia Farias, integrante da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, o ato vem confirmar que não é mais possível seguir com o atual governo. “Nosso país está convertido numa multidão de trabalhadores desempregados, a noite nossas ruas se convertem em dormitórios, vemos aumentar dia a dia o número de sem tetos. Somos um país de famélicos graças à desastrosa política econômica de Guedes. É inadmissível”, afirma.
Tânia ressalta ainda o veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo, medida que representa um passo importante na implementação de uma política pública para a cultura. “No momento em que nós estamos sem perspectivas e completamente sem trabalho e renda ele faz isso. O que deixa claro o que pretendemos dizer nas ruas, Bolsonaro é o inimigo número um da cultura no Brasil.”
Confira as manifestações confirmadas no RS até esta quinta-feira (7):
Novo Hamburgo - Praça do Imigrante | 10h
Osório - Praça ao lado da Igreja | 9h30min
Pelotas - Mercado Público | 10h
Rio Grande - Largo Dr Pio | 10h
Porto Alegre - Largo Glênio Peres | 15h
Santa Maria - Praça Saldanha Marinho | 14h
Tramandaí - Praça da Tainha | 15h
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Edição: Marcelo Ferreira