Rio Grande do Sul

PAPO DE SÁBADO

“Sempre soube qual era o meu lado na luta política”, afirma Jussara Cony

Aos 80 anos, militante fala de sua trajetória e dos 100 anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Nessa semana, Jussara representou o PCdoB na Sessão Solene em Homenagem ao Centenário na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre - Foto: Cristiane Leite

A caminhada de Jussara Rosa Cony, mãe de cinco filhos, avó e bisavó, vai completar 80 anos em 2022. Destas oito décadas, pelo menos seis se misturam com muitas batalhas em muitos fronts: o da saúde, o da moradia, o das mulheres, o do desafio à ditadura e, hoje, o do enfrentamento da ultradireita no poder.

Filha de pai ferroviário e mãe cabeleireira, nasceu em uma família comunista de Cacequi, o que a faz dizer que jamais teve qualquer dúvida sobre o seu lugar na luta política. Recrutada pelo PCdoB na década de 1970, orgulha-se de afirmar que, bem antes, aos 15 anos, já estava na luta de classes.

Construiu sua militância ao mesmo tempo que cumpria a tripla jornada de mãe, estudante e trabalhadora. Assim, chegou a dois mandatos de vereadora e quatro de deputada estadual. Farmacêutica, foi a primeira mulher a dirigir a associação da categoria. É também dirigente da União Brasileira de Mulheres, da qual é fundadora.

Nesta conversa, ela evoca o slogan do seu partido – “100 anos de amor e coragem pelo Brasil” – e define sua vida como “um pequeno fragmento dessa história”.     

Na próxima terça-feira, dia 29 de março, às 14h, no Plenário 20 de Setembro da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ocorrerá o Grande Expediente comemorativo do Centenário do PCdoB.

Abaixo a entrevista completa

Brasil de Fato RS - Gostaria que falasses da tua trajetória e militância.

Jussara Cony - Nasci em uma família comunista, de mulheres e homens trabalhadores. Há um episódio interessante: meu avô paterno, Carlos Augusto Cony e meu tio-avô, seu irmão, João Cony, participaram de muitas lutas e há um episódio que foi relatado por Leonel Brizola na Assembleia Legislativa quando da homenagem que deputadas e deputados concedemos a ele. Disse Brizola: “fui iniciado na compreensão do significado da luta por aqueles dois homens quando minha irmã Quita os escondeu no porão de sua casa – em lutas que travavam, no final da década de 1940. A mando de Quita, contou, “eu os levava, à noite, para caminhar, ‘espichar as pernas’, vestidos com suas capas pretas, em pleno inverno”. 

Meu pai era ferroviário e minha mãe cabelereira, filha de meu avô Pedro da Rosa, barbeiro. Minha tia, irmã de meu pai, Jesuína Gabriela Barros Cony, que se formou enfermeira na primeira turma da Escola de Enfermagem da UFRGS (1950-1954), era militante, também, do partido. Então, esta é minha origem e minha trajetória é resultado desta família e da política revolucionária do partido que aprendi com os meus ancestrais – através de suas lutas, exemplos e ensinos – a praticar. Fui, aos poucos, me fazendo uma militante a partir de meados dos anos 1950, quando entrei no Colégio Ruy Barbosa. Volto a estudar, anos depois, face a ter me casado muito cedo e ter tido, em quatro anos, meus quatro primeiros filhos e, ao mesmo tempo, ingressado, como servidora da UFRGS. No final da década de 1960, passo no exame para o curso científico noturno no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, aliando criação de filhos, trabalho e estudo. O que resultou em meu ingresso, no vestibular de 1972, como aluna, na Faculdade de Farmácia da UFRGS. Até que, nos idos de 70, sou recrutada e me filio, clandestinamente, no meu partido – o Partido Comunista do Brasil. 

Fui para a luta de classes aos 15 anos


Campanha para Deputada Estadual 1990. Junto minha primeira neta mulher, Carolina Cony, com oito anos / Foto: Arquivo Pessoal

BdFRS - Quando soubeste qual era teu lado na luta política? Quais os ideais que tinhas no começo da militância enquanto mulher e quais deles foram alcançados?

Jussara - Sempre soube meu lado. Mas há algo muito concreto que reafirmou, na prática, o meu lado. Fui para batalha da luta de classes já aos 15 anos, em meu primeiro emprego – trabalhava de dia, estudava de noite. Minha família era conduzida por uma enfermeira formada pela UFRGS em 1954, que se tornou uma de nossas mães, porque minha mãe morreu em 1947, de tuberculose. Desde cedo, minha luta é pelos ideais, como mulher, cidadã, trabalhadora, chefe de família e militante que se pautam por direitos iguais para trabalho igual, contra todas as formas de opressão. Tudo isso para mim é atávico. Pelas minhas origens. Na década de 1950, já convivia com as discriminações da sociedade de classe, machista, retrógrada. Na década de 1960, vivi a luta da Legalidade e fui abatida, como todo o povo, por uma ditadura militar, onde atrocidades foram cometidas: perseguições, torturas, mortes. E os exemplos são muitos. Deixo dois: a Guerrilha do Araguaia, conduzida por nosso partido e a tortura a tantos, mulheres e homens, onde surge, naquela famosa foto, a figura altiva de Dilma e seus torturadores escondendo os rostos. 

Aliás, a mesma mulher – e isso tem de ser dito, porque é um exemplo do machismo e do fascismo – que, como a primeira presidenta eleita do Brasil, na abominável sessão do Congresso Nacional, quando o atual fascista que comanda e destrói o país, ao dar o seu voto pelo impeachment, invoca o nome do maior torturador da ditadura. Esse é um dos exemplos cruéis, mas que dizem a verdadeira face de um país. Mas, na realidade, esses fatos históricos que trago e que vivi, creio que dão, não apenas a dimensão de quando eu soube qual era meu lado. E, sim, que tenho em mim a maior alegria, gratidão aos ancestrais e aos companheiros e camaradas – mulheres e homens desses tempos de sempre e do agora – de que continuo do mesmo lado, na mesma trincheira e numa época em que é preciso, em intensidade, forjar unidade, resistência, luta e amplitude para vencer a barbárie. E quero continuar fazendo nos espaços onde me criei, como mulher, cidadã, revolucionária – no partido, na luta das mulheres, nos movimentos sindicais. Através da Tendência Popular do MDB e junto com figuras históricas como André Forster e Caio Lustosa, me tornei vereadora em l982 e, com a conquista, na luta, pela legalidade de meu partido, em 1986, vivi a honra de constituir a primeira bancada do Partido Comunista do Brasil na Câmara Municipal de Porto Alegre. 

 O grau de emancipação das mulheres é a medida do grau de emancipação de toda a sociedade


Unidade em Defesa da Petrobras em 1994. / Foto: Arquivo Pessoal

BdFRS - Nesses anos de militância quais foram as principais mudanças no campo político e, especialmente, das políticas voltadas às mulheres?

Jussara - Em todas as mudanças e avanços as mulheres estiveram presentes e foram estratégicas em conquistas como, por exemplo, na Constituição de 1988. Estivemos presentes para gravar na Constituição de que “Saúde é um direito de todos e todas e um dever do Estado”. Mas não foi só na busca de um Sistema Universal de Saúde que fomos presentes. E, sim, em todas as lutas para gravar direitos, democracia, trabalho digno – salário igual para trabalho igual, bem como no enfrentamento para a garantia de atenção à saúde porque, somos, pela dupla jornada de trabalho, as mais adoecidas.

Não nascemos doentes e nem somos o “sexo frágil”. Mas somos, nos espaços institucionais, uma absurda e questionável minoria. Importante lembrar na luta contra a ditadura militar, o significado de nossa participação, inclusive lembrando as mulheres torturadas e assassinadas. E se formos as nossas ancestrais, há duas figuras a serem destacadas que, lado a lado com seus homens, estão gravadas na História. Se não na história oficial, em nossa memória: Dandara, com Zumbi dos Palmares, e Jussara, com Sepé Tiaraju, no massacre das Missões Guaranis. E tantas outras. E há que lembrar o golpe à primeira mulher eleita presidenta desse país – fruto de sua luta e das mulheres – nossa companheira Dilma Rousseff e a tomada do poder por um governo fascista e entreguista. Eu, particularmente, sempre gosto de citar, o filósofo francês (Charles) Fourier: “O grau de emancipação das mulheres é a medida do grau de emancipação de toda a sociedade”.

A frase é, tanto quanto impactante, verdadeira: “A reprodução é a nossa cadeia”. E, nessa análise, séria e necessária, não estamos a dizer que nos recusamos a reproduzir a espécie. Sou um exemplo: reproduzi cinco! Que estão, as mulheres, filhas e netas, também a reproduzir. 

Mas, o que queremos conversar? Pois, (o pensador Friedrich) Engels, em seu tempo histórico, deixa uma frase: “O homem passou a governar também em casa. A mulher foi degradada, escravizada. Tornou-se escrava do prazer do homem. Instrumento de reprodução”. Eu me atreveria a adicionar: “Também instrumento para o mundo do trabalho, a serviço e à exploração do capital. E a não ser reconhecida a função social da maternidade, sob ótica de construção de políticas públicas como dever do Estado para a garantia da emancipação das mulheres. Mas, o que nos levou a isso? Temos que saber para enfrentar! E com a compreensão de que o fator biológico que nos dá o privilégio da reprodução, não pode ser a origem da nossa opressão.

A mulher é a primeira escrava entre os escravos

O homem é, por natureza, um ser opressor? Há que enfrentar esse debate a partir de nossa convicção de que nossa luta não é contra os homens e, sim, no enfrentamento a uma sociedade que determina papéis escravizadores aos homens e, muito mais, às mulheres. E, portanto, a solução não estará nunca na limitada relação homem-mulher. 

Alguns elementos de reflexão: o perigo do desvio da luta das mulheres da luta de toda a sociedade de classe; a explicação tem de ser encontrada na História e não na dita “natureza maligna do homem”. O homem não nasce opressor, se torna opressor, pelo tipo de sociedade; a mulher – neste contexto – é a primeira escrava entre os escravos. 

Sou fundadora e membro da direção da União Brasileira de Mulheres. E, em meu partido, o PCdoB, em seus 90 anos, em 2012, efetuamos a 2ª Conferência Nacional sobre a Participação da Mulher – “A questão da mulher é questão de todo o partido”! E nossa tese colocava que “a luta pela emancipação das mulheres é estratégica para a emancipação de toda a sociedade” e formulamos e atuamos em cinco ítens: 1. Em tempos de resistência ao neoliberalismo há que reavivar a teoria marxista. 2. Não é apenas uma questão econômica. Ou seja, a reprodução e a manutenção da vida dos indivíduos é, assim como as relações sociais que se estabelecem, são tão importantes quanto as relações de produção. 3. A contextualização histórica, social, econômica das mulheres contribui para o entendimento dos entraves ideológicos e subjetivos para a emancipação feminina. 4. Atualidade do entrelace entre a divisão social e sexual do trabalho e sua interface cultural e estrutural na formação de gênero, raça, cor, etnia, classe, e isso dá base sólida ao feminismo emancipacionista. 5. O feminismo emancipacionista tem, como norte, a emancipação humana.

Falar em SUS é dignificar o direito à vida em contraponto aos interesses do mercado


Brizola, Jussara e seus dois filhos (Anna e João) / Foto: Arquivo Pessoal

BdFRS - No contexto da pandemia, o SUS teve um papel chave. Como foi a luta pela implantação do SUS? 

Jussara - Para mim falar em SUS é dignificar o direito humano à vida em contraponto aos interesses do mercado. Sou farmacêutica de formação e a participação na categoria vem desde a década de 1970. Um ano após formada, fui eleita presidenta – a primeira mulher na história de já 50 anos – da Associação dos Farmacêuticos-Químicos/RS. Era 1979 e, portanto, nos inserimos em ações para além da categoria. Nesse processo, fomos participes, de início, do Movimento da Reforma Sanitária. Através do movimento, elaborados os fundamentos do SUS, fomos para a Constituinte. Mas também participamos da construção do projeto de saúde para a candidatura de Tancredo Neves. Cito este fato, pois, a busca de um sistema público e universal para a saúde tomou uma dimensão estratégica e histórica, envolvendo várias atuações. Nesse contexto, fui eleita secretária geral da União dos Vereadores do Brasil (UVB) e destacada para ser a depoente da entidade na Constituinte.

O SUS está gravado em dois pilares básicos da nossa Constituição cidadã: no Estado democrático de direito e na Seguridade Social. As ações, hoje, do governo nacional e seus aliados em estados e municípios, estão a ferir os preceitos de dois capítulos básicos: o da democracia e o do direito à vida.

A luta pela moradia é para garantir um direito humano

BdFRS - E como foi tua atuação no Grupo Hospitalar Conceição? 

Jussara - Fui diretora do GHC que tornamos no governo Lula, 100% SUS. Foi uma experiência de tal dignidade e monta que garantiu, através da metodologia de implantação e ação da democracia participativa na gestão, evoluir na qualidade de atendimento, das decisões oriundas de amplos debates, que o GHC se tornasse uma referência em nosso país na gestão do SUS. 


Assembleia com trabalhadores do GHC / Foto: Arquivo Pessoal

BdFRS - Outro ponto chave do país tem a ver com a moradia. Como foi o teu papel neste campo, recordando as ocupações em Porto Alegre e Grande Porto Alegre? 

Jussara - A luta pelo direito à moradia é parte da luta pela conquista de espaços para a garantia de direitos humanos. Mesmo antes de ocupar cargos legislativos, tanto na Câmara Municipal, dois mandatos, como na Assembleia Legislativa, quatro mandatos, já atuava no movimento comunitário, com destaque à luta pela saúde e na luta pelo direito ao acesso aos medicamentos de uso contínuo, como uma responsabilidade de Estado. Na Assembleia, fui integrante da Comissão de Representação Externa em todas as instâncias de diálogo e construção de caminhos de negociações no Jardim Leopoldina, Parque dos Maias, Cohab Rubem Berta, Conjunto Ildefonso Gomes (IPE), Vila Nova Santa Rosa, Vila Rica, Vila União, Por do Sol, Morada do Vale III (Gravataí), Recanto da Lagoa, Humaitá, Eucaliptos, Sarandi, Ocupação Farroupilha, Parque Santo Inácio, Vila Olímpica I e II e Parque Primavera, Riacho Doce, Quinta do Portal, Manoel Elias (Beco dos Coqueiros), Praça União-Sarandi, Dona Teodora (área da RFFSA), Jardim das Estrelas, Timbaúva, Granja Esperança (Cachoeirinha), e Guajuviras (Canoas). Em 1993, fui eleita presidenta da Comissão de Representação Externa para tratar do loteamento da Granja Esperança, em Cachoeirinha, com 1.633 casas ocupadas desde abril de 1987, visando a compra dos imóveis pelos ocupantes. E, juntamente com a Uampa, a Fracab, o Demhab, o governo do estado, representando a Assembleia nas negociações da ocupação de área de 13 hectares do Instituto de Previdência do Estado (IPE). 

Não basta ser mulher. É preciso saber com quem tem compromissos


"O feminismo emancipacionista tem, como norte, a emancipação humana" / Reprodução UJS Gaúcha

BdFRS - Neste ano se celebram os 90 anos do voto feminino no país. Apesar de ser pouco mais da metade da população, apenas 15% de mandatos são de mulheres. A que se deve essa baixa representatividade?

Jussara - No atual retrocesso do país, há que dar significado à necessidade de mais mulheres nos espaços de poder. Mas que mulheres? O debate é político e de ideias – qual projeto de nação defende? O do atraso, do genocídio, da retirada de direitos conquistados ao longo de séculos, inclusive com a participação efetiva das mulheres trabalhadoras brasileiras? Ou um projeto de reconstrução nacional, com a retomada de todas as conquistas oriundas da luta das mulheres e de camadas avançadas de luta do povo brasileiro?

Um dos caminhos para o reconhecimento do papel das mulheres passa por elevar a um patamar diferenciado a eleição de mulheres comprometidas com as transformações. Mas não basta ser mulher! Com que compromissos se perfila? Não os individuais, mas os que trazem consigo participação e luta junto aos movimentos sociais, de mulheres, comunitários, sindicais, culturais, educacionais, de saúde. E os compromissos de militância no campo de esquerda, democrático e popular. E que, nos partidos, não haja o equívoco de apenas cumprir cotas de participação das mulheres, mas que sejam garantidas condições de igualdade nas decisões das candidaturas e nas campanhas. 

Estamos vivenciando um tempo onde mulheres tem sido aviltadas, violentadas e as mais atingidas, nesse processo da pandemia, em seus direitos, como garantia ao trabalho formal e mais exigidas em obrigações no âmbito doméstico, além do crescimento do número de mulheres chefes de família. Faria um destaque especial às profissionais de saúde – trabalhadoras do SUS – onde são maioria e, muitas, contaminadas no processo da pandemia, pela sua dedicação na linha de frente, seja nas unidades básicas de saúde seja em internações em nossos hospitais públicos.

Nós, os comunistas, somos movidos por amor e coragem pelo Brasil


Em um dia encontro com Lula e Olívio Dutra / Foto: Arquivo Pessoal

BdFRS - Neste ano, o PCdoB chega aos 100 anos de existência. Qual o balanço que fazes?

Jussara - Fazer um balanço desse chegar aos 100 anos do partido é dizer de 100 anos de amor e coragem pelo Brasil! Como afirma Luciana Santos, nossa presidenta nacional, nosso slogan sintetiza bem este século da vida e da luta. Se pensarmos nesses 100 anos, nós, os comunistas, somos movidos por amor e coragem pelo Brasil: eis uma forte marca de nosso centenário.

Chegamos a esse centenário mantendo a coerência que cultivamos desde a República Velha, passando por períodos de arbítrio e de tristeza que infestaram a História do Brasil seguindo, sempre, na linha de frente em defesa da democracia, da vida e dos direitos do povo. Temos a convicção de que nosso país é maior do que a capacidade de destruição que vivenciamos nesse momento. Estes 100 anos marcaremos com amor, cultura, participação, organização e unidade com as forças populares e democráticas na comemoração, em Niterói, onde nosso partido foi fundado, com o Festival Vermelho, neste 26 de março, com a marca “Florescer a Esperança”. Será uma grande celebração das ideias progressistas. 

Minha vida, pautada no seio de uma família comunista, chegando neste ano de 2022 aos 80 anos é um pequeno fragmento dessa história de amor ao Brasil e a nosso povo – esteio em sua cotidiana luta – de novos rumos por um Brasil livre, soberano, digno e socialista.


Homenagem aos 100 anos do PCdoB na Câmara de Vereadores de Porto Alegre / Foto: Isabelle Rieger

Com a poesia que, amorosamente ofereço ao Partido, a cada militante, às mulheres e ao povo brasileiro!

Aos que não desistem

Aos que não desistem
Do amor, da luta, da labuta!
Aos que não desistem
Da ternura e daquela solidariedade!
Incessante e itinerante!
Aos que não desistem
Da beleza contida
Na verdade, na unidade, na liberdade!
Aos que não desistem
Da construção dessa Nação,
Na pampa, nas florestas, no sertão!
Aos que não desistem
Da noite, da madrugada, do amanhecer!
Aquele novo dia de retomar
Direitos, Afetos e a sempre sonhada Democracia!
Antes que tarde!
Pois soa o alarde
E o toque de avançar!
Aos que não desistem
De lutar, unir, resistir e libertar!
No andar certeiro!
Nenhum passo atrás,
Nenhuma estagnação.
Um só coração!
Organizar, unir, ampliar!
Resistir,
Avançar,
Esperançar,
Revolucionar


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Edição: Ayrton Centeno