No final tarde desta quinta-feira (10), estudantes indígenas e apoiadores ocuparam o Salão Nobre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objetivo foi pressionar a Reitoria a apresentar uma solução para a questão da moradia dos estudantes indígenas.
Com tambores, chocalhos os estudantes tomaram o espaço, com palavras de ordem, exigindo moradia aos estudantes. “Por moradia, até vencer, essa luta é pra valer”, entoavam os estudantes.
Depois de uma hora de ocupação do salão, a Reitoria da UFRGS assinou um documento se comprometendo a dialogar com a Prefeitura de Porto Alegre na busca da doação de um prédio municipal para a construção da Casa do Estudante Indígena. A reunião entre a Universidade, a Prefeitura e o movimento indígena acontecerá nesta sexta-feira (11), às 15h.
A vice-reitora, Patrícia Pranke, também se comprometeu a conversar na próxima segunda-feira (14) pela manhã com o reitor Carlos Bulhões, que está viajando em férias, para pensar uma imediata e temporária moradia para as pessoas que hoje retomam.
Ato racista
Nesta manhã, o quarto de uma estudante indígena na Casa do Estudante Universitário amanheceu com um caixa de banana na porta. O coletivo de estudantes indígenas da UFRGS denunciam como um ato racista.
"É por essas que passam as estudantes indígenas dentro da CEU, além de ameaças por estarem lá com seus filhos. Para acabar com isso, para conseguir uma moradia digna para as estudantes indígenas, é que a Retomada está acontecendo no centro da cidade. É por isso que neste momento dezenas de pessoas estão se reunindo para apoiar a luta das estudantes", afirmaram em nota.
* As informações são do repórter Alass Derivas
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Edição: Katia Marko