Rio Grande do Sul

8 de Março

Mulheres camponesas ocupam pátio da Secretaria da Agricultura e garantem audiência

Uma comitiva de 10 mulheres será recebida pela secretária Silvana Covatti na manhã desta quarta-feira (9)

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ação faz parte das mobilizações do Dia Internacional das Mulheres, as agricultoras cobram ações do governo do estado para amenizar os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul - Foto: Maiara Rauber

Mais de 200 agricultoras ocuparam, na manhã desta terça-feira (8), o pátio da Secretaria Estadual de Agricultura em Porto Alegre, dentro das mobilizações do Dia Internacional das Mulheres. Elas cobram ações do governo do estado para amenizar os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul. Já ocorreram conversas com a secretária Silvana Covatti e com o secretário Chefe da Casa Civil, Artur Lemos, mas pouco foi feito até aqui, assinalam as mulheres.


Agricultoras cobram ações urgentes do governo do Estado para amenizar os impactos da estiagem no RS / Foto: Maiara Rauber

“As nossas famílias ainda estão sofrendo com a estiagem. Por isso estamos aqui novamente. Nós precisamos de ajuda urgente, diante de tantos prejuízos causados pela seca”, diz Silvia Reis Marques, produtora e dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Sul (MST-RS).

:: Secretaria da Agricultura recebe comitiva para debater ações para minimizar os impactos da seca ::

As principais reivindicações das agricultoras giram em torno dos créditos emergenciais. O governo do estado anunciou a liberação de recursos para atender 42 mil famílias, no valor de um salário mínimo. Também foi apontada mais uma proposta para liberação de créditos de até R$ 10 mil por família, sem juros. Mas nada de concreto foi realizado ainda, criticam.


Mulheres defendem que é preciso ampliar o número de famílias beneficiadas pelas medidas / Foto: Maiara Rauber

As representantes do MST, da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) defendem que é preciso ampliar o número de famílias beneficiadas por essas medidas.

Na avaliação de Cleonice Back, secretária adjunta da CUT-RS e diretora da Fetraf-RS, o crédito emergencial precisa atender pelo menos 100 mil famílias no RS, em especial as que possuem mais dificuldades. Além disso, nesse crédito, defendeu, é necessário ampliar o subsídio para os agricultores que não se enquadram nos recursos a fundo perdido”.

Audiência com Secretaria da Agricultura

Uma coletiva de mulheres foi recebida pelo secretário adjunto da Secretaria da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez Junior, e seus assessores, que deu retorno do que já foi feito. Silvia Reis Marques afirmou que foi garantido o atendimento das reivindicações, mas ainda não sabem de onde virão os recursos para o auxílio aos agricultores atingidos pela estiagem. "Mas garantimos que seremos recebidas pela secretária Silvana Covatti amanhã, às 10h, para um café da manhã. E hoje reafirmamos nossa disposição para a luta em defesa das nossas vidas, para nos mantermos no campo produzindo alimento e pela reforma agrária. Seguimos vivas, alertas e atentas."

As agricultoras também querem uma audiência com o governador Eduardo Leite, pois para serem implementados imediatamente, os créditos dependem de decretos emergenciais assinados pelo chefe do Executivo.

 

Acompanhe também as transmissões ao vivo da Rede Soberania.

 

#aovivo

Posted by Rede Soberania on Tuesday, March 8, 2022

 

Com informações da Comunicação do MST-RS

Edição: Katia Marko