O ciclo de cinema "Semaine de Cinéma de Femmes d'Amérique du Sud" aconteceu na semana de 2 a 8 de março, na França, exibindo produções sul-americanas que retratam temas sobre a vida das mulheres. Representando o Brasil, esteve o documentário em formato curta-metragem "Mãe Solo".
Segundo informa a Cine Ninja, o curta foi idealizado pelo diretor teatral e líder comunitário Marcos Dias e é dirigido por Camila de Moraes, em parceria com a produtora Aworan. O filme foi produzido com incentivo da Lei Aldir Blanc, via Prêmio Conceição Senna de Audiovisual, da Fundação Gregório de Mattos, prefeitura de Salvador.
Segundo a sinopse do filme, “Mãe Solo” é um curta-metragem de documentário que conta histórias de mulheres, mães, pretas, moradoras de comunidades da cidade de Salvador, apresentando suas identidades como mães solteiras, através de relatos autorais de suas vivências, fugindo dos estereótipos que cercam as mulheres mães pretas solteiras.
As personagens principais deste documentário são Keisiane Santos, 24 anos, esteticista, e Lúcia Batista, 63 anos, diarista, ambas mães solteiras que vivem em regiões periféricas na cidade de Salvador, Brasil. Apesar de terem dado a luz em épocas diferentes, separadas por cerca de 40 anos, as personagens lembram e relatam dificuldades parecidas sobre a realidade de ser uma mãe solteira na sociedade brasileira.
As histórias das duas mães solo se ligam neste documentário, trazendo consigo algumas reflexões essenciais sobre como a responsabilidade sobre a criação de seus filhos recaem sobre as mulheres e expõe as questões que envolvem a falta de apoio e acolhimento da família, dos pais das crianças, da sociedade e do Estado.
A diretora Camila de Moraes é jornalista e graduanda no curso de Artes com concentração em audiovisual pela Universidade Federal da Bahia. Na área do cinema dirigiu o documentário de longa-metragem "O Caso do Homem Errado".
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Edição: Katia Marko