A Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou nesta terça-feira (1º) um levantamento das hospitalizações e óbitos por covid-19 no Rio Grande do Sul notificadas em janeiro deste ano. Segundo a SES, 65% das internações e 67% das mortes ocorreram com pessoas que não haviam recebido nenhuma dose da vacina contra o coronavírus ou tinham o esquema incompleto (apenas uma dose no esquema de duas).
Os dados foram obtidos por meio dos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave com classificação final de covid-19, notificadas no Sivep-Gripe (entre 01/01/22 e 27/01/22) e então cruzados com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
De acordo com a pasta, os dados de janeiro deste ano seguem a mesma tendência que um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), apresentado em dezembro do ano passado, com dados de hospitalizações e óbitos entre agosto e novembro. Na época, os dados apontaram que o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) reduziu em 87% o risco de morte pelo coronavírus nas pessoas com 20 anos ou mais entre agosto e novembro. Entre os idosos, a vacinação de reforço, por sua vez, foi capaz de diminuir em 95% a incidência de óbito no período.
Em relação aos dados atuais a SES destaca que apesar de serem a maioria entre hospitalizações e óbitos, esses dois status sem vacinação completa são os menores na proporção com os outros: são cerca de 8,5% da população do estado que não fizeram a segunda dose e 18,6% que não fizeram nenhuma dose (incluindo entre esses aquelas pessoas fora da idade preconizada). Pessoas com esquema completo (duas doses ou dose única) mais a dose de reforço já representam hoje cerca de 24,1% da população gaúcha, enquanto 48,8% possui esquema completo, mas ainda sem o reforço.
Conforme destaca a secretaria, os dados reforçam que a vacinação com o esquema completo é a principal forma de proteção contra a doença, ainda mais quando acrescida da dose de reforço.
Ainda conforme enfatiza a SES, outro fato que aumenta a importância da vacinação neste momento é o crescente número de casos de covid-19 registrados neste mês no Rio Grande do Sul. “Janeiro já é considerado em toda a pandemia como o mês com maior circulação da doença. Mais de 316 mil novos casos registrados (por data de início de sintomas), sendo que esse número ainda é parcial, visto que ainda podem entrar mais casos relacionados a este período nos próximos dias. Isso representa mais do que todo o segundo semestre de 2021. Esse aumento de casos já vem repercutindo no crescimento das hospitalizações e óbitos, que nas últimas semanas também voltaram a ter alta, após meses de queda”, aponta.
Confira o quadro da situação vacinal e evolução das internações por covid-19 no RS em 2022
*Com informações da SES
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Edição: Katia Marko