O centenário do nascimento de Leonel de Moura Brizola será comemorado neste sábado (22). Único político eleito como governador em dois estados brasileiros - Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro – o gaúcho nascido em Carazinho é referência política trabalhista e lembrado pela promoção da Campanha da Legalidade, em defesa da democracia antes do golpe de 1964. Para celebrar seu legado, o espetáculo "Leonel" tem pré-estreia nacional para convidados nesta quinta-feira (20) e entra na programação do Porto Verão Alegre de sexta (21) a domingo (23).
O espetáculo com direção e roteiro de Caco Coelho e realização da Fundação Caminho da Soberania será realizado no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS. Em cartaz no Porto Verão Alegre, nas sexta e no sábado será às 21h e no domingo às 20h. Os ingressos estão à venda e podem ser adquiridos neste link.
A organização informa que será exigido o passaporte vacinal ou carteira de vacinação com anotações dentro do prazo e um documento de identidade na entrada de todos os teatros e espetáculos. Da mesma forma serão exigidos os documentos comprobatórios para uso do direito à Meia Entrada e a Carteira do Sated com o DRT para artistas.
A deputada Juliana Brizola (PDT), afirma ser uma alegria ver que a história de luta do seu avô pelo povo brasileiro segue sendo contada e ensinada de diversas maneiras. “Leonel leva o conhecimento de maneira lúdica e atinge diversos públicos. Brizola nos ensinou muito sobre política, responsabilidade, abnegação e paixão pelo que acreditava. Sua trajetória e seu legado serão eternos”, diz.
A peça é dividida em três fases: I Ato é a parte do Rio Grande do Sul; Entreato é a parte do exílio; e II Ato é o retorno ao Brasil. A narrativa histórica será acompanhada de um vídeo mapping com imagens e entrevistas histórias, como o Roda Viva.
Bastidores humanos da trajetória de Brizola
“Vamos contar a história do gurizinho que escolheu o seu próprio nome: Leonel. São os bastidores humanos da trajetória de um homem que, nascido em uma casa de chão batido e teto de zinco, se torna o único brasileiro eleito governador por dois estados. O ser humano que estava por trás daqueles que foram os maiores movimentos cívicos da nossa história”, explica Caco.
O ator Paulo Roberto Farias foi convidado para interpretar Leonel Brizola desde o nascimento em Cruzinha, localidade de Carazinho, em 1922, até o início daquele que seria o mais longo exílio brasileiro. Lisandro Pires assume o papel a partir do momento da lida de Brizola com o campo, no Uruguai, e o retorno ao Brasil, até o ponto em que ele entende que a sua participação na vida brasileira deve ser apenas contribuir com o melhor de sua capacidade, pós as disputas eleitorais.
Além de direção, Caco Coelho entra na terceira fase, quando o ex-governador vive uma das maiores dores de sua vida: a morte de Neusa Brizola, interpretada pela atriz Marina Mendo. A trama é conduzida pela corifeia, a cantora e atriz Camila Falcão.
O espetáculo tem a supervisão da atriz Vera Holtz, direção de movimento de Eduardo Severino, participação ao vivo de Pirisca Grecco (autor da trilha do documentário Tempos de Luta), e Duca Duarte, luz de Guto Greca, preparação vocal de Ligia Motta, figurino de Mari Collovini (figurinista do filme Legalidade), produção de Viviane Lencina e videomapping de Jana Castoldi. A atriz Fernanda Carvalho Leite e o pianista João Maldonado farão participações especiais.
Sobre a Fundação Caminho da Soberania
Presidida por Carlos Eduardo Vieira da Cunha, a Fundação Caminho da Soberania tem como objetivo a promoção daqueles que dedicaram as suas vidas à consolidação da soberania brasileira, patrimônio indissociável da construção de um país democrático. É iniciativa desta Fundação a estátua de Leonel de Moura Brizola, colocada ao lado do Palácio Piratini. A figura de João Marques Goulart receberá igual homenagem.
* Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do RS
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Edição: Marcelo Ferreira