Rio Grande do Sul

Coluna

Mais que nunca, e urgente, fora Bolsonaro!

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"Se não tiver outra saída ou solução antes, é preciso preparar-se para outubro: será a eleição das nossas vidas" - Giorgia Prates
Construir, solidariamente, um outro mundo possível, urgente e necessário

É preciso retomar/reforçar já, com força, o Fora Bolsonaro.

Que dizer de um presidente que, depois de dias e dias de férias, enquanto a ômicron se expandia e o sistema de informações do Ministério da Saúde estava fora do ar por semanas, e, ao que consta, por comer camarão, o presidente vai parar em hospital, onde fica 3 dias, e sai de lá saltitando, feliz da vida, para ir a um jogo de futebol de cantores sertanejos?

Que dizer de um presidente que se lixa para o povo que passa fome, povo que morre no desemprego e na miséria e na ausência de políticas públicas?

Que dizer de um presidente que não está nem aí para o futuro das crianças, aliás, é contra sua imunização e o cuidado com a juventude?

Que dizer de um presidente que mente a torto e a direito todos os dias, sem vergonha na cara?

Que dizer de um presidente que age como se tudo estivesse normal, quando a pandemia se espalha, os hospitais se enchem de novo, parte do Brasil está debaixo d´água, milhares e milhões de desabrigados, outra parte do Brasil sem água, seca total, plantas e natureza morrendo, com sério risco de colapso no Rio Grande do Sul e outros lugares?

Que dizer de um presidente e sua política econômica que só produz mais inflação, mais fome, mais desemprego e miséria?

Que dizer de um presidente cujo governo, em meio à pandemia, torna os ricos muito mais ricos e os pobres muito mais pobres, numa concentração de renda jamais vista?

Que dizer de um presidente que, desde sempre, despreza a democracia, apoia ditaduras, não está nem aí para a soberania nacional, e é a favor da tortura?

Quer dizer de um presidente que festeja a morte e despreza a vida todos os dias?

Que dizer de um presidente que adora o desmatamento criminoso e os incêndios na Amazônia e está se lixando para a natureza e o meio ambiente, sem nenhum cuidado com a Casa Comum?

Que dizer de um presidente que discrimina mulheres, a população negra, o povo LGBTQIA+?

Que dizer de um presidente homofóbico e gordofóbico?

Que dizer de um presidente que fala de uma pandemia que só no Brasil levou à morte mais de 600 mil brasileiras e brasileiros como se fosse uma ´gripezinha´, e é contra a vacina, e ele próprio, em vez de dar o exemplo, não se vacina?

Que dizer de um presidente que nega a diversidade, o diálogo, a participação popular?

Que dizer de um presidente que acaba com políticas de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, de Agroecologia e Produção Orgânica, e extingue Conselhos e Comissões como o CONSEA, Conselho Nacional de Segurança Alimentar Nutricional, e a CNAPO, Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica?

Que dizer de um presidente que zomba da democracia, que rasga a Constituição construída pelo povo soberano?

Que dizer de um presidente amante de fake news, usadas a torto e a direito para ganhar eleições à base de mentiras, de ódio, intolerância e preconceito?

Que dizer de um presidente cuja família enriquece via rachadinhas e não se sabe de que mais?

Que dizer de um presidente que quer colocar armas na mão de toda população como solução para a violência de todos os dias?

Que dizer de um presidente destruidor dos direitos de trabalhadoras e trabalhadores, dos mais pobres entre os pobres, e inimigo da democracia?

Se não tiver outra saída ou solução antes, é preciso preparar-se para outubro: será a eleição das nossas vidas.

Até lá, muito trabalho de base, formação na ação, mobilização, com todos os cuidados sanitários, nas ruas, enfrentar a fome com Comitês Populares, com Cozinhas Solidárias, com uma Frente Nacional contra a Fome. E realizar o Fórum Social das Resistências, o Fórum Social Mundial Justiça e Democracia, o 8 de março, o Primeiro de Maio, o Fórum Social Mundial no México, o Fórum Pan-Amazônico em Belém, e tantas outras lutas e mobilizações que vão atravessar 2022.

Construir, solidariamente, um outro mundo possível, urgente e necessário.

Freireanamente, denúncia, anúncio, profecia, utopia, sonho. E, claro, FORA BOLSONARO JÁ!

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko