As mulheres vêm desempenhando um papel central ao longo da pandemia, de diferentes maneiras. Essa centralidade tem a ver tanto com o seu protagonismo em várias frentes quanto com o fato de elas serem alvo de diferentes formas de opressão, violência e preconceito, em várias dimensões também, que se articulam entre si. Uma pesquisa divulgada pela Fiocruz apontou, por exemplo, que as mulheres sofreram mais danos à saúde mental durante a pandemia. Segundo essa pesquisa, as mulheres realizaram quatro horas a mais de trabalhos domésticos durante o isolamento e relataram mais sintomas de depressão, ansiedade e estresse do que os homens. Mas, assim como as diferentes formas de opressão e violação de direitos se conectam, muitas mulheres estão mostrando que a resistência e a busca de alternativa também estão se encontrando e se conectando. A conexão entre feminismo e ecologia, em especial, vem se materializando não só como uma reflexão teórica, mas como uma experiência de vida para muitas mulheres.
O terceiro e último Conversas Cidadãs de 2021, projeto realizado em parceria pelo Sul21 e pelo Goethe Institut Porto Alegre, ouviu o testemunho e a reflexão de mulheres que vivenciaram esse encontro de diferentes maneiras ao longo da pandemia. Mesmo vivendo realidades distintas, suas falas encontram-se em alguns diagnósticos comuns sobre temas como a feminização da pobreza, o recorte de classe, gênero e raça que marcou o isolamento social durante a pandemia de covid-19 e a percepção de que as lutas feministas e ambientais não fazem sentido separadas.
Confira abaixo o programa lançado terça-feira (14):
Pâmela Stocker: o ecofeminismo amplia os feminismos
Jornalista de formação, com Mestrado e Doutorado, onde estudou principalmente questões envolvendo relações de gênero e discurso, Pâmela Stocker destaca que o encontro entre as lutas feministas e as lutas ambientais pode se dar de modos distintos dependendo da história de vida de cada mulher. No caso dela, o ponto de partida foi o feminismo. “Antes de mais nada eu me descobri como feminista. O desejo de me aproximar e conhecer mais as lutas ambientais veio depois”, relata. Em 2017, Pâmela participou da criação do Coletivo Ecofeminista Pandora, que surgiu do desejo de interconectar as lutas ambientais e feministas e de mostrar a importância dessa conexão para as pessoas, pela via da comunicação e da educação. No Coletivo, algumas mulheres começaram sua atuação a partir da luta ambiental. Outras, como ela, já eram feministas e começaram a perceber a conexão entre essas duas lutas e como elas não faziam sentido separadas.
Pâmela Stocker, do Coletivo Ecofeminista Pandora / Foto: Reprodução/Youtube
A Pandora surgiu, em 2017, a partir da compreensão de que era necessário interconectar essas lutas e mostrar a importância dessa conexão para as pessoas, pela via da comunicação e da educação. A ideia da Pandora é trabalhar para democratizar a informação e a comunicação a respeito dessas temáticas. “Começamos nossa atuação com encontros presenciais, antes da pandemia, organizando rodas de conversa a respeito de temáticas ambientais e de gênero, seguidas por jantas veganas. Temos um viés bem específico dentro da Pandora, por meio do qual a gente luta por um ecofeminismo que seja animalista. Olhamos para o veganismo político, popular e feminista como uma das nossas vias de atuação”, assinala Pâmela. Ela considera importante demarcar que o ecofeminismo não é só teoria, mas necessita de uma práxis para existir. “A gente precisa vivenciá-lo no nosso dia-a-dia, nas nossas vidas cotidianas, nas nossas vidas individuais, para além do coletivo, trazendo essas ideias para a nossa vida diária, com ações práticas”.
Com a pandemia, o trabalho do coletivo prosseguiu por meio de ações online. Além de uma série de lives abordando temáticas de gênero e de meio ambiente, a Pandora organizou um evento chamado Teia Ecofeminista, que reuniu mulheres de praticamente todos os estados do Brasil e algumas brasileiras que moram fora do Brasil em uma grande teia de troca de conhecimentos e de saberes. “A ideia da Teia era: eu ofereço uma oficina, uma palestra de algo que eu sei, a partir da minha formação, e queira compartilhar com as pessoas, e, em troca, eu posso assistir e aprender com todas as outras mulheres que estiverem participando”, resume Pâmela. A primeira edição do evento reuniu 48 mulheres de vários lugares e com diversos conhecimentos e práticas, como yoga, ayurveda, bordado, fotografia, gordofobia e veganismo popular, entre outros temas.
Pâmela prefere pensar o ecofeminismo não no singular, mas no plural. “A gente pode falar de ecofeminismos. Esse microcosmo que te relatei do coletivo pode ser levado para o macro também. As histórias são individuais, mas vão se entrelaçar no coletivo e na convivência com o outro”. Para ela, o sentido da ideia de que todas as formas de opressão estão conectadas e, portanto, é preciso unir e interconectar as lutas contra elas ficou mais claro ao longo dos últimos dois anos de clima pandêmico. A jornalista resume assim essa percepção:
“Eu, como feminista, não posso pensar que meus hábitos de consumo são neutros. Não existe neutralidade na escolha alimentar que eu faço, na feira que eu venho fazer, na roupa que comprei para usar. Tudo isso é carregado de simbologia e é perpassado por questões de gênero, de raça, de classe e de outras opressões. Esse momento mais introspectivo que a gente foi levado a viver, também nos obrigou a nos repensar como sujeitos e a refletir sobre todas as implicações do nosso ser e estar no mundo geram para o planeta, para o meio ambiente, para a comunidade onde estou inserida, para o lugar onde eu vivo”.
“Não existe neutralidade nas nossas escolhas alimentares” / Foto: Luiza Castro/Sul21
A origem e a matriz de retroalimentação dessa cadeia de opressões, acrescenta, é representada pela tríade patriarcado, colonialismo e capitalismo, os principais adversários, em última instância, das lutas feministas e ambientais. Neste sentido, conclui Pâmela, o ecofeminismo se mostra como um instrumento e prática de luta:
“Em primeiro lugar, o ecofeminismo amplia os feminismos. Ele traz toda essa potência do feminismo e vai abrir nosso círculo de moralidade para incluir a natureza e os animais. A gente vai pensar sobre raça, sobre capacitismo, sobre todas as opressões dentro do nosso feminismo, mas abrimos um pouco mais esse círculo para trazer os animais não humanos e a natureza, conectando esses círculos na nossa luta anti-opressão. O ecofeminismo aparece então como um instrumento para lutar contra essa tríade representada pelo patriarcado, o colonialismo e o capitalismo”.
Francielle Bellé: a sensibilidade feminina tem uma relação muito próxima com a natureza
A história de vida de Franciele Bellé, 27 anos, se confunde com a da Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE), criada em 1989, em Porto Alegre. Ela começou a frequentar a feira, com seis meses de idade, acompanhando seu pai e sua mãe, agricultores e militantes da agroecologia. De lá para cá, apenas esporadicamente deixou de participar da Feira, que ocorre sempre aos sábados pela manhã. “A gente até brinca dizendo que sábado em que a gente não vem pra feira é como se não fosse um sábado. Eu criei um vínculo muito forte com a feira e com o movimento agroecológico como um todo até por essa aproximação e porque meus pais iniciaram esse processo”, conta Franciele.
Franciele Bellé, da Feira de Agricultores Ecologistas / Foto: Reprodução/Youtube
O pai de Franciele começou a trabalhar com agroecologia da metade para o final dos anos 80. Com dez irmãos, quase todos com algum problema de saúde na época, ele chegou à conclusão de que a situação que viviam não era mais sustentável e precisava de uma mudança. A agricultura agroecológica foi o caminho dessa mudança e essa escolha impactou diretamente a vida e a trajetória de Franciele, que nasceria alguns anos mais tarde.
Ela acompanhou esse processo muito de perto, desde seus primeiros anos de vida. “Sou filha única e meus pais não tinham muito com quem me deixar. Tanto meu pai como minha mãe sempre foram muito envolvidos no movimento, sempre gostaram de participar dele ativamente, de estar em cargos de liderança. Eu brinco dizendo que as minhas cantigas de ninar eram as reuniões que eles faziam. Eu tinha a minha cobertinha, onde eu deitava e eu acabava dormindo ouvindo eles falando e discutindo sobre tudo o que hoje está acontecendo na realidade”, relata.
Franciele lembra que acompanhou esse processo como criança e não tem essas conversas presentes em sua memória consciente. Mas deixaram uma marca profunda nela que tem a força de um legado e de um compromisso geracional com a continuidade daquilo que seu pai e sua mãe iniciaram. “Eu escutava eles falando e, na minha memória afetiva, isso está presente. Quando eles falam sobre isso, eu tenho lembranças, não lembranças do que foi discutido, pois eu era muito pequena, mas tenho lembranças afetivas. Eu não tenho aqui (na cabeça), mas tenho aqui (no coração) tudo o que eles falavam tudo o que eles discutiam. Eu percebo que isso, hoje, é o que me impulsiona para que eu possa dar continuidade a esse trabalho. Acho que eles desenvolveram um trabalho maravilhoso, algo revolucionário mesmo e agora cabe à nossa geração dar continuidade a isso”, defende.
A percepção de que faz parte de um legado a ser continuado não se limita, para Franciele, à dimensão familiar. Ao falar sobre a importância do papel da mulher na agroecologia, ela destaca a condição de detentoras de saberes e conhecimentos por parte das matriarcas e da relação desses saberes com a natureza. “A mulher é sempre aquela que cuida, que organiza, que prepara, ela vai lá e desenvolve as coisas. Tu observa isso na produção, colheita, no preparo dos alimentos para serem comercializados…Toda essa parte normalmente é cuidada pela mulher. Essa sensibilidade feminina tem uma relação muito próxima com a natureza”, assinala.
Horta comunitária no Morro da Cruz / Foto: Luiza Castro/Sul21
Normalmente, acrescenta Franciele, são as matriarcas, as nonas ou as mães que detêm o conhecimento de como plantar, qual época do ano plantar, que é algo muito importante. “Observar as luas, observar as datas para saber o que cultivar, de qual forma cultivar, de como preparar a terra. Como é que a batata gosta de ser cultivada? Como é que a gente prepara aquele solo? Normalmente são as matriarcas que têm todo esse conhecimento, que é passado de geração para geração. Inclusive, na grande maioria das vezes, são as matriarcas que são as detentoras e guardiãs das sementes. Depois, elas vão passando esse conhecimento, conforme a sucessão”.
Cintia Barenho: pandemia expôs feminização da pobreza
Cintia Barenho, ativista da Marcha Mundial das Mulheres e da Aliança Feminismo Popular, chama a atenção para outra pandemia que aflorou nos últimos dois anos, vividos em clima de distanciamento social: a da feminização da pobreza, “onde as mulheres estão cada vez mais vulneráveis e cada vez mais empobrecidas por terem ficado desempregadas, terem que voltar pra casa, cuidar dos filhos e ficar em isolamento”. Diante desse quadro, a Marcha Mundial das Mulheres, a Amigos da Terra Brasil e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiram organizar uma articulação (a Aliança Feminismo Popular) para, em um primeiro momento, entregar cestas básicas pensando na urgência da fome.
Cintia Barenho, da Marcha Mundial das Mulheres e da Aliança Feminismo Popular / Foto: Luiza Castro/Sul21
“Neste período de pandemia, a gente viu a urgência da fome e de mecanismos e ações de solidariedade para combater esse problema que se exacerbou durante a pandemia. Não simplesmente pela pandemia, mas por toda essa política atual que o Brasil vive. A pandemia foi só mais um pretexto para agravar esse quadro de fome e de vulnerabilidade da população”, diz Cintia. Para além da distribuição de cestas básicas, elas começaram, no Morro da Cruz, a construir uma aliança com mulheres e famílias da comunidade.
“A gente sabe que o isolamento social que a pandemia promoveu também tem um recorte de classe, de gênero e questões raciais envolvidas. O corre do dia-a-dia da periferia não parou. Procuramos pensar como minimizar a transmissão do vírus neste cenário. Mas nós achamos que só entregar cestas básicas, embora resolva um problema momentâneo, não resolve. Precisamos construir outras resistências e alternativas”, defende. Para tanto, a Aliança Feminismo Popular conseguiu captar recursos para construir uma horta comunitária no Morro da Cruz, em um espaço ocioso, e transformar esse espaço ocioso, que servia só como estacionamento de carros, em um espaço de alimentação, de vida, de saúde, de promoção de encontro entre mulheres e famílias da comunidade.
“Nestes encontros começamos a discutir um pouco essa alimentação do dia-a-dia que, muitas vezes, para quem tem uma condição financeira mais baixa, é uma alimentação não tão promotora de saúde, formada por produtos ultra-processados, comidas que não são comidas de verdade. Procuramos conversar sobre essa perspectiva de plantar a própria comida, de se envolver com a terra, de ver como a terra é generosa e pode nos dar alimento saudável”, relata ainda Cintia. E acrescenta: “Os movimentos com quem construímos essa aliança vislumbram que a luta do campo, a luta por moradia ou por preservação ambiental são lutas que estão intrinsecamente relacionadas com o feminismo. Não tem como construir uma luta ecológica sem pensar como as mulheres estão envolvidas nisso”.
Any Moraes: ‘As mulheres são como águas, quando se juntam, crescem’
Militante da Marcha Mundial das Mulheres, mãe e moradora do Morro da Cruz há muitos anos, Any Moraes vem trabalhando pela construção de um espaço de convivência e de beleza na periferia de Porto Alegre. No meio da pandemia, observa, as ações de solidariedade mostraram que havia outras oportunidades de diálogo com a comunidade e de ocupar um espaço que estava sendo utilizado para estacionamento de carro e estava acumulando lixo. “Para além de falar sobre alimentação saudável e produzir alimento saudável, a gente viu neste projeto de construir uma horta também a oportunidade de embelezar e de ocupar esse território, propiciando esse pertencimento da gente que mora aqui na periferia saber que é possível construir esses espaços de convivência e de mostrar que a periferia também tem essa beleza”.
Any Moraes, da Marcha Mundial das Mulheres e da Aliança Feminismo Popular / Foto: Reprodução/Youtube
Dentro desse projeto, os convites para participar desse projeto foram dirigidos principalmente às mulheres, por conta de tantas pesquisas que saíram durante a pandemia sobre a questão da insegurança alimentar, que atinge as famílias chefiadas por mulheres, especialmente mulheres negras, com baixa escolaridade. “Esse projeto também tem esse propósito de manter esse diálogo com as mulheres da comunidade para mostrar que as mulheres são como águas, quando se juntam, crescem. Quisemos mostrar que, juntas, e construindo coletivamente esse espaço poderíamos também ter outras alternativas para essas famílias. São mulheres que têm crianças e onde suas famílias dependem exclusivamente do trabalho delas. Muitas delas estão desempregadas”, conta Any.
O projeto reuniu dois grupos de mulheres que não se conheciam. Uma delas fazia uma horta dentro da sua casa, no seu pátio, reunindo algumas mulheres neste espaço também. Esses dois grupos se encontraram e passaram a participar juntos do projeto da horta. “Eu percebo que elas viram outra alternativa, de saber que a gente pode fazer, a partir da horta, outros projetos. Nós fizemos uma oficina de sabão ecológico com óleos arrecadados de mercados da própria comunidade, utilizando algumas ervas e temperos da horta. Para além da preocupação com a higiene e a prevenção em meio à pandemia, também pensamos essa iniciativa como uma oportunidade de geração de renda, pensando aí a questão da economia feminista e solidária a partir desses momentos em que a gente se reúne aqui”.
Any Moraes defende a importância do conceito de soberania alimentar, que envolve a valorização do território, do pequeno agricultor, e a luta contra as transnacionais que produzem uma alimentação venenosa. “Pensando neste conceito de soberania alimentar e no feminismo, como união de mulheres, estamos aqui construindo outras alternativas. É isso que também um impulso para que esse projeto siga unificando e conseguindo aproximar outras mulheres para que, a partir de uma horta, a gente possa fazer outros debates transversais que são importantes para a própria vivência das mulheres que são afetadas diariamente por tantas formas de violência. Nesses espaços, a gente unifica a agroecologia ao feminismo para mostrar que é possível construir um mundo mais justo, com alimentação saudável, sem veneno, aproveitando nossos quintais, espaços urbanos. É muito importante também a unidade das mulheres do campo e da cidade e esse compartilhamento de saberes e conhecimentos. Aprender umas com as outras, aqui, neste momento, tem sido fundamental para que a gente possa pensar um novo modelo de cidade que inclua a vida das mulheres como prioridade”.
Idete Terezinha Nunes Patricio: ‘Sozinho, ninguém faz nada’
Idete Terezinha Nunes Patricio, de 55 anos, é natural de Roque Gonzalez e se criou na lavoura, aprendendo desde cedo a importância de plantar e colher o próprio alimento. “Eu vejo aqui como a Any tá fazendo esse projeto na comunidade e pra mim isso é muito edificante. Imagina tu poder vir aqui colher uma moranga, uma beterraba e outras coisas que tu tem vontade de comer e às vezes não tem condição de comprar. Às vezes tu trabalha, ganha um salário mínimo, e não tem condições de comprar esses alimentos. Hoje em dia, tu compra o gás e ali já se vai 220,225 (reais)…vai comprar um quilo de arroz é uma careza. Tudo é caro. Para nós aqui da comunidade esse projeto vai ser muito bom, mas precisa ter união. A Any sozinha não pode fazer nada. Sozinho ninguém faz nada”, destaca.
Idete Terezinha Patrício, moradora do Morro da Cruz / Foto: Reprodução/Youtube
Idete também morou em Itaqui, na fronteira com a Argentina, onde também vivenciou a experiência de uma horta comunitária que era apoiada pela Prefeitura do município. “A gente ia uma vez por semana pegar os alimentos. A Prefeitura dava um papel, a gente ia lá e levava de tudo pra casa. Vamos fazer mais isso, manter uma horta comunitária na nossa cidade. Qualquer coisa que tu plantar aí vai melhorar tua saúde. Eu sou diabética e como muita verdura. A minha diabete melhorou muito depois disso, o meu colesterol também. O organismo da gente fica muito melhor. Então vamos fazer isso, vamos fazer uma horta comunitária”.
Ela aponta algumas dificuldades para ampliar o projeto para mais famílias da comunidades, mas defende a importância de tentar fazer isso. “Aqui daria pra fazer uma horta muito boa e muito grande, mas tem gente que bota o carro aqui e os moradores que moram mais pro fundo. Mas quando a Any me disse que ia ser feita uma horta comunitária aqui, eu vim, eu capinei, eu virei a terra, pois sei o que é colocar a mão na terra, adubar a terra. Isso aí melhora a saúde da gente. Dá pra fazer uma salada bonita com o que tem aí. Não precisa ser com um monte de coisa. Pega a folha do repolho, a folha da abóbora, da moranga…tudo isso dá pra fazer salada. Se tu souber fazer a tua alimentação à base de folhas, vai ter uma vida 100%. Vamos fazer que nem os chineses que têm uma vida longa, porque cuidam da sua alimentação”, resume.
Edição: Sul 21