A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos executada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) aferiu que a Capital gaúcha segue com a terceira cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas. É o que apontam os resultados de novembro, divulgados pelo instituto nesta terça-feira (7).
Apesar de apresentar leve queda no último mês de aproximadamente 0,8% nos preços, o valor total do conjunto de alimentos em Porto Alegre acumula alta de mais de 11% desde o início do ano, fechando o mês de novembro custando R$ 685,32.
Dessa forma, segundo cálculos do Dieese, um trabalhador precisa gastar aproximadamente 67% do salário mínimo para comprar todos estes produtos. O que resulta numa jornada de trabalho com mais de 137 horas necessárias para adquirir a cesta.
O Diesse também calcula que Salário Mínimo Necessário deveria ser de R$ 5.969,17. Ou seja, mais de cinco vezes o valor do atual mínimo vigente de R$ 1.100.
Os alimentos que puxaram a leve variação negativa foram a batata (-4,99%), o tomate (-4,62%), o leite (-2,60%), o pão (-2,43%), o feijão (-2,06%) e o arroz (-1,74%).
Ao mesmo tempo, outros sete itens registraram aumento, impedindo que a queda total da cesta fosse maior: café (+10,02%), óleo de soja (+3,43%), açúcar (+2,31%), manteiga (+1,25%), farinha de trigo (+0,18%), carne (+0,16%) e banana (+0,13%).
Florianópolis tem cesta mais cara
Entre todas as 17 capitais pesquisadas, a cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27) e Porto Alegre. Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Curitiba (16,75%), Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%).
Entre janeiro e novembro de 2021, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 4,44%, em Aracaju, e 18,25%, em Curitiba.
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Edição: Marcelo Ferreira