Rio Grande do Sul

Assistência Social

FASC responde à questionamentos da nossa reportagem sobre o CRAS Santa Rosa

Na quinta-feira (2), famílias da Zona Norte da Capital realizaram protesto na frente do Centro fazendo reivindicações

Brasil de Fato | Porto Alegre |
CRAS Santa Rosa vem sendo alvo de diversas reclamações por parte da comunidade - Reprodução Google Maps

Na última terça-feira de novembro, dia 30, publicamos uma matéria sobre famílias da Zona Norte de Porto Alegre que estão reivindicando melhor atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Santa Rosa.

Na oportunidade, relatamos que os usuários do serviço prestado pelo Centro de Referência estavam com diversas reclamações, desde o atendimento até a estrutura. Em função disso, as famílias realizaram uma coleta de assinaturas para uma nota de repúdio com 11 pontos elencados que necessitam de melhoria.

Além disso, as famílias realizaram uma manifestação na quinta-feira (2) passada, em frente ao CRAS Santa Rosa. Aqui neste link é possível acessar nossa matéria, com todos os pontos reclamados pelas famílias  da região.


Usuários do serviço de assistência social no CRAS Santa Rosa estão reivindicando melhor atendimento e mais infraestrutura e oferta de serviços / Reprodução

Durante a produção da matéria, entramos em contato com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), responsável por gerenciar o serviço dos CRAS em Porto Alegre. O retorno veio após a nossa publicação, através de uma nota da FASC, que reproduzimos a seguir, dando posição sobre os pontos reclamados pelas famílias.

Na nota, a FASC reiterou seu compromisso com as comunidades da Zona Norte e afirmou estar empenhada em construir alternativas e melhoras no serviço. Especificamente sobre o CRAS Santa Rosa, afirma estar empenhada em conseguir a ampliação do espaço ou a mudança para local maior, além de buscar o aumento permanente do número de entrevistadores sociais para o Cadastro Único. A nota também presta esclarecimento sobre cada um dos pontos reclamados.

Além disso, faz referência à algumas informações pertinentes ao referido Centro. Segundo a FASC, o CRAS Santa Rosa atende, em média, 500 pessoas por mês, entre atendimento técnico e o Cadastro Único. Além disso, afirma haver uma demanda reprimida de 600 pessoas, em média.

Entre os serviços prestados estão as acolhidas coletivas, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) Idosos, SCFV adolescentes e jovens, visitas domiciliares, entre outras.

A FASC afirma também que o CRAS Santa Rosa é uma das unidades que mais demanda atendimento à comunidade. "Dos 100 mil habitantes apontados pelo IBGE 2010, 15 mil famílias são atendidas no local", relata a nota.

Confira a nota completa logo abaixo.

Em resposta a Nota de Repúdio dos Moradores da Santa Rosa de Lima, Parque dos Maias, Gleba, Bosque, Agostinho, Grande Rubem Berta e Grande Santa Rosa de Lima, esclarecemos:

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) reitera o seu compromisso com as comunidades de todas as regiões da cidade. A atual gestão está empenhada em estruturar alternativas e principais estratégias para melhorias no atendimento, como: Ampliação do espaço e/ou mudança para local maior; Aumento permanente no número de entrevistadores sociais para o CadÚnico; Descentralização das Unidades de atendimentos com parcerias em Escolas e/ou Associações; Qualificar a Comunicação para direcionar corretamente casos que não são do CRAS; Estudo sobre Central de Atendimento presencial no centro da cidade como possibilidades de atendimento.

1. Contato: A demanda de atendimento aumentou significativamente durante a Pandemia, o que mantem as linhas telefônicas congestionadas nos dias de agendamento, em especial, para a solicitação de CadÚnico e Cestas Básicas.

2. Atendimento: A equipe realiza reuniões permanentes com a Coordenação da proteção Básica para alinhar fluxos de trabalho e orientações - de diálogo, compreensão mesmo em momentos de tensão diária.

3. Cadastros: O processo de atualização de cadastros e novos registros passou por restrições durante a pandemia por orientação do Governo Federal

4. NIS: O Número de Identificação Social (NIS) que identifica o cidadão inscrito no Cadastro Único não é gerencia local. É disponibilizado pelo Sistema, o que pode gerar um prazo maior.

5. Ligações: A Fasc acompanha relatórios das ligações e retornos da equipe. Estamos avaliando a implantação de identificação oficial do número para facilitar o atendimento.

6. Presencial: É aberto exceção para atendimento presencial às famílias que não têm celular e/ou telefone residencial.

7. Fichas: De fato o número de fichas para atendimento é menor do que a demanda da região.

8. Estrutura: O CRAS possui estrutura pequena não comporta a sala de acolhida para número maior de pessoas. Essa gestão está em tratativas para novo espaço.

9. Higiene: A manutenção e higiene do ambiente é realizada diariamente, no entanto o espaço necessita de reformas.

10.  Uso de EPIs: A rotina do CRAS foi adaptada para o enfrentamento à COVID-19. Há uso de equipamentos de EPIS pela equipe e solicitação para que entrem com máscara. Alguns serviços estão retornando presencialmente gradativamente.

11.  Acesso: A orientação é priorizar o atendimento preferencial, porém o CRAS não possui rampa de acessibilidade, o que dificulta o acesso à pessoas idosas, mães com carrinhos e/ou cadeirantes.


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Edição: Marcelo Ferreira