Por ocasião da comemoração dos 50 anos do Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, o Theatro São Pedro realiza duas apresentações artísticas com artistas negros. O acesso aos shows será através de doação de alimentos não perecíveis, que serão entregues aos quilombos urbanos de Porto Alegre.
Na sexta-feira (19), às 21h, acontece o Tributo Biográfico Musical ZilahGuindim, trazendo a jazzista Marguerite Silva Santos, que homenageará o legado do poeta Oliveira Silveira e a trajetória musical da cantora Zilah Machado.
No sábado (20), às 21h, Glau Barros e Sirmar Antunes apresentam o recital poético-musical “Encontrei minhas origens - 50 do 20”, também em tributo ao poeta Oliveira Silveira, um dos idealizadores do Dia da Consciência Negra.
Os ingressos são limitados e podem ser adquiridos na recepção do Multipalco, das 13h30 às 18h, através da doação de dois quilos de alimentos não perecíveis. No dia das apresentações, será exigido o passaporte vacinal ou carteira de vacinação com o ciclo completo (duas doses ou mais).
Sobre as apresentações
O musical da jazzista Marguerite Silva Santos reunirá uma grande banda, com os músicos Marcelo Melo (bateria), Thiago Santos (piano), Tamiris Duarte (contrabaixo), Rafael Marques (flauta transversa), Ariel Polycarpo (violino), Luyra Dutra (violoncelo), Rafael Honório (violoncelo), Gilberto Oliveira (Violão), Davi Moreira (guitarra), Jonas Silva (sax tenor), Eliezer Moreira (trompete), Naila Cristina Domingos (viola), Tuti Rodrigues (percussão) e Alexsandra Amaral (percussão geral).
O recital "Encontrei minhas origens - 50 do 20" pretende apresentar poemas da obra do poeta gaúcho Oliveira Silveira junto de canções que fazem alusão à temática da negritude. Glau Barros e Sirmar Antunes serão acompanhados pela percussionista Alexsandra Amaral e pelo violonista Edu Moreira.
Sobre os artistas
Marguerite Silva Santos é cantora afro gaúcha, nascida em Porto Alegre. Começou a estudar música ainda na infância, cantando em uma Igreja. Iniciou sua musicalidade nas aulas de piano. Ao longo de sua carreira participou de diversos musicais e óperas.
É idealizadora do Projeto Concerto Ébano e Marfim. Por muitos anos, atuou em harmonias de escolas de samba de Porto Alegre e Rio de Janeiro. Em seu repertório e em suas influências estão presentes o jazz e o samba, vertentes que fazem parte do pensamento musical negro. Atualmente, estuda Música Popular na UFRGS.
Glau Barros desenvolve uma carreira profissional desde 1990. Entre suas últimas realizações, destacam-se o projeto “50 Sons da Glau” (2020), websérie publicada em seu canal no YouTube com canções e relatos de sua vida e carreira, e, mais recentemente, o projeto Sambaobá – A Raiz Feminina do Samba Sul (2021), pesquisa que se propõe identificar e localizar a presença da mulher compositora de samba no RS.
Marcou sua presença no samba do RS com o álbum “Brasil Quilombo”, lançado em junho de 2019, no Theatro São Pedro, com direção musical de Gelson Oliveira e produção musical e arranjos de Marco Farias. Neste trabalho, interpreta sambas de compositoras e compositores gaúchos, além de releituras de consagradas canções do gênero.
Sirmar Antunes nasceu na cidade de Medianeira, no interior do Rio Grande do Sul. Iniciou sua carreira artística como ator de teatro nos anos 1970. Morou em São Paulo, onde trabalhou na TV Bandeirantes e na Casa Aberta Leide das Neves, como voluntário, tornando-se arte-educador para jovens de menor renda, na área do teatro.
No cinema, estreou em "O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda" (1986), curta de Jorge Furtado. Debutou em longas com o drama "Lua de Outubro" (2001), de Henrique de Freitas Lima. Ficou conhecido por seu trabalho nos longas "Netto Perde Sua Alma" (2001), "Em Teu Nome" (2009), "Os Senhores da Guerra" (2012) e "A Superfície da Sombra" (2017). Recentemente, no Festival de Cinema de Gramado, ganhou o Prêmio Leonardo Machado, em comemoração aos 47 anos de profissão.
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Edição: Marcelo Ferreira