Na manhã desta terça-feira (9), o Sindicato dos Servidores Públicos do estado do Rio Grande do Sul (Sindsepe/RS) e o Sindicato dos Trabalhadores da extinta Caixa Econômica Estadual (Sindicaixa) somaram-se aos servidores e servidoras, e aos demais representantes das categorias do funcionalismo, em um ato público estadual, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, , para exigirem o reajuste de 10,3% para o salário mínimo regional, percentual que apenas repõe a inflação no mínimo estadual.
Os sindicatos alertaram as suas bases de que o piso impactaria nos vencimentos de mais de 14 mil servidoras e servidores públicos, que recebem completivo salarial, e os convidaram a comparecer à luta em frente ao Palácio Piratini. Centrais sindicais e trabalhadores e trabalhadoras de diversos segmentos do serviço público fizeram-se presentes.
Na ocasião, a presidenta do Sindsepe/RS, Diva Luciana da Costa, denunciou o arrocho salarial imposto por Eduardo Leite (PSDB) à classe trabalhadora gaúcha, que combinado com o governo Bolsonaro, só retira direitos do povo brasileiro a cada dia que passa. “O Sindsepe/RS e o Sindicaixa se fazem presentes neste ato porque aqui no governo do estado cerca de 14 mil trabalhadores e trabalhadoras, incluindo os da saúde, recebem vencimentos básicos inferiores ao mínimo nacional, mesmo inferiores ao regional, que é um pouco superior, mas inferiores ao mínimo nacional”, denunciou.
Diva sinalizou ainda a incoerência do governo Leite, que se afirma como um “governo de diálogo”, mas que mente ao afirmar que receberia novamente os trabalhadores do funcionalismo, através de seus sindicatos. “Estamos aqui hoje, companheiros e companheiras, para exigir que esse governo cumpra a constituição e receba os sindicatos e as centrais sindicais para negociarmos os planos de carreiras, o reajuste do mínimo regional e também a reposição salarial dos servidores e das servidoras. Fora Bolsonaro e leva o Eduardo Leite junto!”, exigiu.
O presidente do Sindicaixa, Érico Corrêa, também iniciou a sua fala alertando para o fato de que a reposição inflacionária dos vencimentos básicos dos servidores e servidoras é um direito constitucional e evidenciando o caráter do governador tucano. “Eduardo Leite é um governador ‘mais do mesmo’, um jovem que tenta passar a ideia de que é um homem de diálogo, um governante moderno, mas que fede a mofo e aplica a velha política de condenar os servidores à miséria enquanto fica de joelhos em frente ao mercado, entregando o patrimônio dos gaúchos para os empresários enriquecerem ainda mais”, disse.
Ainda segundo Érico, se Eduardo Leite fosse um governador realmente do diálogo, certamente receberia uma comissão das centrais, que estava presente no ato de hoje, para reivindicar uma pauta justa e necessária. Segundo o sindicalista, não é mais possível enxergar os colegas às portas da miséria, com a inflação, a carestia e com o custo de vida nas nuvens enquanto o governo festeja superávit. “Eduardo Leite, nós vamos contar para o Brasil inteiro quem realmente tu és!”, finalizou.
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Edição: Marcelo Ferreira