De acordo com anúncio da Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizado nesta terça-feira (9), mais de 670 mil jovens adultos não voltaram aos postos para a segunda dose da vacina contra a covid-19 no Rio Grande doSul. Ainda de acordo com a pasta, quase 230 mil gaúchos nesta faixa etária receberam sequer a primeira.
“Todo esse grupo está com cobertura menor de 60% para a segunda dose da vacina contra a covid-19. Isso é muito grave. É baixíssima. Precisamos que a população complete o esquema vacinal para que exista a imunização coletiva e para diminuir a circulação do vírus”, aponta a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
Conforme explicou Tani Ranieri, com apenas uma aplicação das vacinas AstraZeneca, Coronavac e Pfizer, que requerem segunda dose, além de oferecer uma resposta imune menor, a durabilidade da resposta também é menor. “A eficácia da vacina apontada por estudos clínicos só pode ser atingida com o esquema vacinal completo, ou seja, com as duas doses.”, reforçou.
Vacinação no estado
O RS já aplicou mais de 16,6 milhões de doses da vacina. Já tem 63% da população com o esquema vacinal completo, que inclui as duas doses ou dose única.
A cobertura vacinal completa dos jovens adultos de 18 e 19 anos está em 46%, dos 20 a 24 anos, 54% e dos 25 a 29 anos, 61%.
“Esse é um dos grupos que mais circulam na sociedade. Eles trabalham, estudam, vão à festas, frequentam os locais de maior aglomeração. Então, além de não estarem executando a sua proteção individual, também colocam em risco a proteção coletiva, incluindo os de seus familiares”, alertou a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa.
Segundo informou a SES, a pasta tem atuado junto às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) para encontrar as pessoas que não voltaram para receber a segunda dose. “A busca ativa dessas pessoas por parte dos municípios é uma das estratégias que estamos estimulando e apostando, assim como sugerindo que os postos de saúde tenham horários alternativos para aqueles que não podem comparecer em horário comercial”, afirmou Ana Costa.
A secretária adjunta comentou que em todo o mundo há exemplos de países que recuaram na pandemia em consequência dos altos índices de vacinação. “Ainda vão ocorrer casos graves e óbitos pela doença mesmo em pessoas completamente imunizadas, visto que essa não é uma proteção absoluta, mas proporcionalmente ao que vivemos em março deste ano podemos proteger muito com a vacina. Não é seguro não se vacinar”, frisou Ana Costa.
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Edição: Marcelo Ferreira